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29/08/2023 às 19:32 | Atualizada: 29/08/2023 às 19:36

Para governador, CPIs na AL têm cunho político e surgem pela proximidade das eleições municipais

Da redação - Paulo Henrique Fanaia / Da Brasília - Jardel P. Arruda

Com a proximidade das eleições municipais de 2024, as ameaças de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) têm cunho majoritariamente político. Está é a análise feita pelo governador Mauro Mendes (União) ao ser questionado pela imprensa acerca da possibilidade de instauração da CPI da Saúde e da Sema.
 
De acordo com Mauro: “Toda investigação que tenta substituir os órgãos de controle do estado, normalmente elas têm cunho político”. A declaração foi dada na manhã desta terça-feira (29) logo após reunião do governador no Senado Federal em Brasília.
 
Atualmente, existe na Assembleia a possibilidade de os deputados estaduais instaurarem uma CPI para investigar os desdobramentos da Operação Espelho que desbaratou uma quadrilha que supostamente usava a Secretaria de Saúde do Estado para desviar valores milionários durante a pandemia da covid-19. Dentre as investigações, os deputados querem saber quem é a famosa “mulher da SES”, uma funcionária da secretária que facilitava a realização de contratos com os fraudadores e até mesmo ensinava os meandros para que o grupo realizasse os golpes.
 
Outras conversas de bastidores apontam que os deputados também têm a intenção de apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo a Secretaria de Estado de Meia Ambiente (Sema), onde um escritório estaria obtendo vantagem no momento de figurar nos processos ambientais.
 
Em conversa com a reportagem do Leiagora em Brasília, Mauro, além de classificar as CPIs como algo político, afirma que se os deputados tiverem denúncias a fazer, deveriam formalizá-las nos órgãos competentes e não usar das comissão como palanque político.
 
“Nós temos um aparato de investigação no estado que funciona. Fazer palanque político é muito ruim e eu tenho certeza que a maioria dos deputados da Assembleia eles têm responsabilidade e não vão fazer isso”, disse o governador.
 
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