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31/08/2023 às 20:05

Juíza mantém prisão de advogado denunciado por tentar matar namorada com barra de ferro

Eduarda Fernandes

A juíza da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz, negou o pedido de conversão da prisão preventiva em internação em uma clínica de reabilitação feito pela defesa do advogado Nauder Júnior Alves Andrade. Ele está preso por agredir sua esposa Emily Tenório de Medeiros com uma barra de ferro.

Ao ter a prisão em flagrante convertida em preventiva, em audiência de custódia realizada n dia 19 deste mês, a defesa do advogado pediu o encaminhamento dele para Clínica de Reabilitação por ser dependente químico. O Ministério Público emitiu parecer desfavorável ao pedido da defesa.

Ao analisar o pleito, a magistrada entendeu que, apesar dos documentos apresentados pela defesa do advogado, ainda é necessária a manutenção da prisão “por ainda estarem presentes os pressupostos e requisitos que a ensejaram, uma vez que não houve qualquer alteração fática, desde a prisão do mesmo, a fim de sustentar uma decisão que importe na revogação da segregação cautelar, colocando o mesmo em liberdade ainda que condicionada a internação voluntária mediante monitoramento eletrônico, e nem o prazo que ele se encontra segregado corresponder a prazo abusivo”, diz trecho da decisão.

A juíza ressaltou também que embora a prisão preventiva sacrifique a liberdade individual de Nauder, ela é decretada em prol do interesse social.

Quanto ao pedido de internação em clínica de reabilitação, a magistrada destacou essa chance já foi ofertada ao autuado, inclusive, por duas vezes, conforme declarações da vítima, mas ele não cessou o uso de drogas. “[...] fato que demostra o seu desinteresse/descompromisso no seu tratamento e recuperação, sendo certo que, neste momento, busca apenas uma alternativa de saída do cárcere, demonstrando que a aplicação de medidas diversas da prisão, por ora, não se mostra suficientes para conter o espírito infrator do custodiado e apaziguar o meio em conflito”.

Além disso, Ana Graziela Vaz alerta que colocar o advogado em liberdade uma “tragédia anunciada” poderá ocorrer.

 
 
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