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27/09/2023 às 19:58 | Atualizada: 27/09/2023 às 20:00

'Uma tramitação que já durava 17 anos', lembra Jayme sobre aprovação do Marco Temporal no Senado

Leiagora

“Uma tramitação que já durava 17 anos”, lembrou o senador Jayme Campos (União), durante a votação que aprovou o Marco Temporal, 43 votos a favor e 21 contrários, no Senado Federal, nesta quarta-feira (27). O projeto é de autoria do ex-deputado Homero Pereira, que faleceu em 2013. 

“Este é um momento histórico do Senado. É um momento ímpar, na medida em que nós estamos dando segurança jurídica, evitando qualquer conflito no campo”, disse o senador mato-grossense. Em seu discurso, ele fez questão de homenagear o autor do projeto, Homero Pereira, a quem classificou como “um grande brasileiro”.

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Entre os principais pontos, o texto permite demarcar novos territórios indígenas nos espaços que estavam ocupados por eles em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, tese jurídica que ficou conhecida como Marco Temporal para demarcação de terras indígenas. O projeto também prevê a exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas.

Segundo Jayme Campos, a aprovação do projeto também representou o respeito aos produtores rurais e aos povos indígenas, que, segundo ele, querem “oportunidade, saúde, educação e segurança alimentar”. Ademais, ele acrescentou: “o que falam por aí é ‘conversa de bêbado para delegado’, a mentira deslavada daqueles que querem continuar usurpando os povos indígenas às custas da intranquilidade de todo país”.

Na opinião do senador Jayme Campos, a aprovação do Marco Temporal faz com que o Senado reassuma suas prerrogativas. Ele disse que o projeto é uma forma de respeitar os produtores rurais e os indígenas, levando segurança e paz ao campo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reafirmou seu compromisso com a tramitação da matéria. Ele disse que não houve, por parte da Presidência da Casa, nenhum “açodamento” para apressar a votação. O presidente ainda defendeu que o Congresso Nacional se posicione sobre questões importantes para o país. Pacheco reafirmou seu respeito a todos os setores, negou que a aprovação do projeto seja um enfrentamento ao STF e pediu foco na conciliação e no respeito entre os Poderes.

O projeto segue agora para a sanção da Presidência da República.


 
Com informações da assessoria
 
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