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03/10/2023 às 19:30

Carvalho e Jayme criticam administração do ICMBio no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

Jardel P. Arruda

Os senadores Mauro Carvalho (União) e Jayme Campos (União) fizeram várias críticas à administração do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), durante a discussão do projeto de lei 3.649/2023, que transfere para o estado de Mato Grosso a gestão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, nesta terça-feira (3)

Ambos ressaltaram a capacidade de investimento do governo do estado de Mato Grosso, que propõe investir mais de R$ 200 milhões no parque, e ampliar o potencial turístico da região, em contraposição ao atual modelo de gestão do ICMBio, o qual não tem a atividade econômica como finalidade.

“Eu tenho visto muito o ICMBio criticando essa estadualização mas, no último edital de concessão, o investimento previsto era de apenas R$ 18 milhões em 30 anos. Isso significa R$ 600 mil por ano, mal dá para fazer a limpeza do parque”, disse Mauro Carvalho.

“Não entendo o porquê desse debate todo, sendo que o governo do Estado está colocando todo esse investimento no parque. Qual o interesse do governo federal em continuar com a gestão do parque? Não entendo o motivo de não apoiarem esses investimentos que o estado se propõe a fazer. Questiona-se o projeto de lei que propõe a transferência da gestão para o governo, mas não questionam a concessão”, completou.

Já o senador Jayme Campos disse que irá diretamente ao presidente Lula (PT), com o objetivo de mostrar a diferença do poder de investimento do governo do estado e de alguma concessão para a iniciativa privada.

“Eu não posso permitir que o Governo Federal não tenha o mínimo de bom senso nessa possibilidade [...] Na minha conta, o presidente Lula tem um compromisso com a sociedade brasileira, principalmente com a classe trabalhadora”, disse Jayme Campos. 

A propsota de consessão prevê R$ 18 milhões de investimentos ao cabo de 30 anos. Inclusive, no âmbito judicial.  De acordo com o senador, tal proposta contida no edital pode ser traduzida como ‘verdadeiro caça-níquel’, sobretudo porque permite cobrar o acesso das pessoas.

“O que está sendo proposto aqui é decente, é democrático: retirando recursos dos tributos que o cidadão recolhe para investir nesse parque para dar, com certeza, uma nova possibilidade de novas atividades econômicas”, reforçou Jayme.

Atualmente, a unidade de conservação com 33 mil hectares é administrada pelo ICMBio. 
 
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