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04/10/2023 às 19:33

A pedido de Eduardo Leite, Avallone avalia candidatura em Cuiabá para 'salvar' o ninho tucano

Da Redação - Renan Marcel / Reportagem local - Jardel P. Arruda

Na tentativa de reconstruir o ninho tucano em Mato Grosso, o presidente do PSDB estadual, deputado Carlos Avallone, aposta suas fichas na aversão do eleitorado à polarização política entre a extrema direita e a esquerda. Para ele, o apelo mais ao centro tende a ganhar força no próximo pleito.

Apesar de criticar a antecipação do processo eleitoral em Cuiabá, Avallone diz que seu partido já tem cerca de 40 nomes de pré-candidatos a prefeito pelo interior e, na Capital, a pedido da direção nacional, ele mesmo pode ser levado a encarar a "árdua missão" de disputar o Palácio Alencastro.

"Tem muita gente que está fugindo da polarização e quer um partido mais de centro, que é o caso do PSDB", diz, lembrando que defende, há pelo menos 30 anos, as mesmas pautas daqueles que atualmente se colocam como "de direita": família, patriotismo, liberdade econômica. 

O pedido para que Avallone pense a respeito do projeto foi feito pelo presidente nacional do partido, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que já é tido como um dos presidenciáveis de 2026. Ocorre que desde a derrota de Aécio Neves em 2014 para Dilma Rousseff (PT) e com a vitória de Jair Bolsonaro (PL) em 2018, o PSDB perdeu o protagonismo na polarização que o deputado agora critica. Em Mato Grosso, o partido perdeu filiados, entre eles um nome histórico, o de Wilson Santos, hoje no PSD. 

"Nessa reconstrução, o PSDB quer ter candidatos nas maiores cidades do Brasil e principalmente em todas as capitais. Então, ele [Eduardo Leite] sugeriu por telefone que a gente pensasse na colocação do meu nome para ajudar o PSDB. Eu falei que vou pensar nessa possibilidade, conversar com a família e com a base política. Meu nome está colocado pela Nacional e eu estou fazendo uma avaliação disso", comentou. 

Embora ressalte o seu perfil partidário e se coloque à disposição da legenda, Avallone pondera que há outro nome posto e que também será levado em consideração: Dorileo Leal, empresário dono do Grupo Gazeta de Comunicação, que já ensaiou candidaturas em anos anteriores. "Ele não colocou que é candidato, mas deixou o nome posto para discutir". Tudo isso, no entanto, será decidido no tempo certo, segundo o deputado, para evitar desgastes. 

"Não é uma decisão pessoal. Essa tem que ser uma decisão de um grupo grande de pessoas que tenham interesse em um projeto político, que seja da social-democracia . É uma missão extremamente árdua", avalia. 
 
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