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09/10/2023 às 17:26

Direita define nomes com antecedência e não dá margem para oportunismo

Leiagora

As já colocadas pré-candidaturas dos deputados Abílio Brunini (PL), à Prefeitura de Cuiabá, e Cláudio Ferreira (PL), para o comando de Rondonópolis, ambos com apoio irrestrito do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que inclusive deve vir ao estado durante as campanhas, faz com que a direita trace um caminho estratégico para 2024, diferente do que foi em pleitos anteriores.

Eventos em Rondonópolis e Cuiabá, na última semana, com Bolsonaro já ‘abençoando’ Abílio e Cláudio, não deixam margem para os eleitores conservadores sobre quem, de fato, representará nas urnas essa ala de pensamento majoritário no estado. A posição clara do seu maior líder promoverá a união completa da direita, segundo avaliou o deputado José Medeiros (PL).

No caso de Rondonópolis, a filiação do deputado Cláudio passou pelas mãos de Bolsonaro e do próprio Medeiros, principal entusiasta da chegada do atual deputado estadual à sigla. Bolsonaro, além de abonar a ficha de filiação, gravou vídeo dando total apoio ao projeto de Cláudio, fechando portas para que outro candidato na cidade tente criar discurso para buscar o mesmo público.

O presidente nacional, Valdemar Costa Neto, e líderes estaduais, como é o caso de Ananias Filho, em Mato Grosso, têm conduzindo politicamente os rumos da sigla de maneira entrosada e habilidosa, cristalizando o PL como o maior partido de direita da América Latina e organizando essa ala de pensamento para eleições municipais como nunca ocorreu na história do país.

A partir de agora, candidaturas que se dizem de ‘direita’ por oportunismo eleitoral ficam com essa estratégia previamente inviabilizada, já que direita e esquerda estão muito bem separadas no entendimento popular. Diante disso, a ‘batata quente’ no diálogo com o eleitor passa para a esquerda.

Em Rondonópolis, por exemplo, quatro pré-candidatos já estão posicionados como adversários da direita bolsonarista: Thiago Silva (MDB), Paulo José (PSB), Teti (PT) e Aylon Arruda (PSD).
 
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