Intervenção sofre boicote e servidores estão sob ameaça de serem remanejados para áreas distantes, diz Carmona
Luíza Vieira
Há pouco mais de dois meses para o fim do período interventivo na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, a interventora Danielle Carmona afirma que problemas enfrentados no início da intervenção, como boicotes por parte dos servidores e ameaças externas voltam à tona na pasta da saúde da Capital.
“Em todos os sentidos. Parte dos próprios servidores de estarem recusando atendimento aos próprios pacientes no sentido de atendimento médico, de enfermagem, na farmácia”, afirmou após ser questionada se ainda havia boicotes à intervenção.
Somado a isso, revelou que alguns servidores estão sendo ameaçados de que com o fim da intervenção serão remanejados para pontos de trabalho distantes das unidades que atuam no momento. Carmona considera que a situação atrapalha o desenvolvimento das ações interventivas.
“E, também um movimento entre os próprios servidores, servidores já estão sendo ameaçados com o fim da intervenção, pela gestão que vai retomar. Então, que vão ser remanejados para locais distantes, isso tem afetado muito porque os servidores ficam com medo, começam a se afastar, isso acaba prejudicando um pouco o nosso trabalho”, alertou.
Sobre a possibilidade de que a gestão do gabinete possa ser prorrogada, a interventora não desconsidera, mas reforça que vem trabalhando para que as metas sejam cumpridas até o final de dezembro, que é quando a determinação judicial acaba.
“Nós estamos em cumprimento de uma decisão judicial, pelo Tribunal de Justiça a intervenção ela finda dia 31 de dezembro, então nós estamos trabalhando 100% para poder entregar o máximo de melhorias até essa data”, finaliza.
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