Imprimir

Imprimir Notícia

12/10/2023 às 17:17

Pela segunda vez na história, Câmara cassa dois vereadores na mesma legislatura

Kamila Arruda

Catorze anos depois, a história se repete na Câmara de Cuiabá quando o assunto é a cassação de vereadores. Essa é a segunda vez que dois parlamentares foram cassados em uma única legislatura. O primeiro registro de  duas baixas em tão pouco tempo foi no ano de 2009. Os então vereadores Ralf Leite e Lutero Ponce perderam o mandato após responderem a processos disciplinares internos.

Os parlamentares integraram a 17º legislatura do Parlamento Municipal e foram cassados por quebra de decoro parlamentar. Contra Ralf, o processo de cassação foi aberto após ele ser preso com uma travesti menor de idade na região do Zero KM, em Várzea Grande. O então vereador foi cassado em agosto de 2009 com 16 votos a favor, dois contra e uma abstenção.

Lutero Ponce, por sua vez, foi cassado três meses depois por improbidade administrativa. Ele foi acusado de provocar um rombo de R$ 7,5 milhões durante o biênio 2007/2008, quando foi presidente da Casa de Leis. O fato deu elementos para a criação de uma Comissão Processante no Parlamento Municipal, a qual resultou na sua cassação por 14 votos a quatro.

    

Assim, a
 votação da última quarta-feira, que tirou o mandato da petista Edna Sampaio, deixa uma marca na atual legislatura pela cassação de dois vereadores em pouco mais de um ano. Outro que perdeu o cargo foi o tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), em 2022. 

Paccola foi cassado em 5 de outubro do ano passado. A medida é consequência do assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos. O ex-vereador matou o servidor público com três tiros nas costas em 1 de julho de 2022.

No total, 13 vereadores votaram pela cassação do parlamentar após indicação da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Outros cinco vereadores se posicionaram contra a perda do mandado do então parlamentar e quatro estavam ausentes.

Já Edna foi cassa nesta quarta-feira (11) por unanimidade. Todos os 20 vereadores que estavam em plenário votaram a favor da perca do mandato da petista. Outros cinco vereadores justificaram a ausência.

A parlamentar respondeu um processo disciplinar por apropriação indébita da verba indenizatória da ex-chefe de gabinete. Isso, porque orientava a servidora a depositar o recurso recebido mensalmente em uma conta especifica, a qual a parlamentar também tem acesso.

Conforme a denúncia, feita pelo também vereador Luis Claudio (Republicanos), Edna teria recebido cerca de R$ 20 mil da ex-chefe de gabinete, Laura Natasha, referentes à verba indenizatória paga pela Câmara de Cuiabá aos servidores que ocupam este cargo. Além disso, a servidora teria sido cobrada pelo marido da vereadora por meio de mensagens por aplicativo. 
 
 Imprimir