24/10/2023 às 13:05 | Atualizada: 24/10/2023 às 14:17
Criminosos se infiltravam em grupos de WhatsApp para encontrar vítimas e aplicar golpes
Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia
Investigações apontam que os criminosos investigados no âmbito da Operação Fake Farmer, deflagrada nesta terça-feira (24), se infiltravam em grupos de WhatsApp para aplicar o golpe de falso intermediador de vendas em negociações agropecuárias. Ali, eles escolhiam suas vítimas. O esquema de estelionato movimentou mais de R$ 1,5 milhões em transações bancária pulverizadas por PIX, configurando a lavagem de dinheiro.
“Geralmente, esse tipo de negociação de gado é feita com base em intermediação, por meio de intermediadores ou corretores da região, que vão procurando compradores para o gado ou vendedores para quem precise comprar. Então, eles conseguiram entrar nessa cadeia de negócios", explicou o delegado Leonardo Dias Pires, da Polícia Civil do estado do Goiás, responsável pela investigação.
O delegado explicou também que após ingressar nos grupos, eles conseguiam encontrar o comprador e o vendedor, a partir dai, criavam uma história de cobertura e acabam levando as duas vítimas ao erro.
Com relação à lavagem de dinheiro, o delegado explica que ainda precisa avançar nas investigações para identificar de que forma isso era feito, de fato. Isso porque, foi descoberta uma série de transações bancárias com várias titularidades de contas correntes.
“Esse tipo de golpe, por envolver um valor muito elevado, eles são pulverizados por diversas contas correntes. Identificamos 81 transações bancárias até o momento, com mais de 20 instituições finaceiras. Então, a ideia do criminoso é pulverizar, trocando a titularidade do beneficiário do valor fraudulento para tentar inibir a investigação”, explicou.
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