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03/11/2023 às 14:19

Cuiabá é considerada segunda pior Capital em gestão fiscal

Kamila Arruda

A gestão fiscal de Cuiabá é considerada a segunda pior do país entre as capitais brasileiras. O município está melhor posicionado apenas do que Campo Grande (MS), que apresenta uma situação ainda mais crítica. É isso que aponta o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), referente ao ano de 2022, realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
 
O levantamento coloca Cuiabá na 3385º colocação geral, levando em consideração todos os municípios do Brasil. Já entre os 141 municípios de Mato Grosso, a Capital está na 123º colocação.
 
Em um contexto de maior volume de receitas, na média, os municípios brasileiros apresentaram uma boa situação fiscal em 2022. O IFGF atingiu 0,6250 ponto.
 
Entre os 5.240 municípios analisados, 58,1% (3.045 cidades) registraram um quadro fiscal favorável em 2022. Por isso, tiveram classificação boa ou excelente no IFGF. Por outro lado, mais de 40% dos municípios apresentam resultado negativo. No total, 2.195 cidades aparecem em situação fiscal difícil ou crítica.
 
Conforme o levantamento, Cuiabá tem uma situação fiscal “difícil”. O ranking leva em consideração quatro pontos: autonomia, liquidez, gasto com pessoal e investimentos. Somados, os indicadores apresentam pontuações que que varia de zero a um.
 
Diante disso, foi considerado estado crítico aqueles que apresentaram resultados inferiores a 0,4; difícil os que tiveram desempenho entre 0,4 e 0,6 ponto, bom as cidades que pontuaram entre 0,6 e 0,8; e excelência aqueles que alcançaram resultados superiores a 0,8 ponto.
 
Cuiabá obteve 0,5578 pontos no total. O que mais prejudicou a Capital foi o quesito liquidez, em que o município não conseguiu pontuar, uma vez que terminou o ano passado sem recursos o suficiente para cobrir as despesas já contraídas.
 
A cidade também deixou a desejar no que diz respeito a investimentos, alcançando apenas 0,4972 pontos. Por outro lado, apresentou pontuações considerações no que diz respeito a autonomia e gastos com pessoal, 1,0 e 0,7342 pontos, respectivamente.
 
A Federação acredita que os dados evidenciam que ainda existem questões estruturais que impedem um quadro positivo disseminado. Entre os fatores, baixa autonomia, pois 1.570 municípios (30,0% do total) não foram capazes de gerar localmente recursos suficientes para arcar com as despesas da estrutura administrativa; vulnerabilidade frente ao ciclo econômico, uma vez que 1.066 cidades (20,3% do total) gastaram mais de 54% da receita com pessoal; dificuldade de cumprir obrigações financeiras, pois 1.591 prefeituras (30,4% do total) tiveram planejamento financeiro ineficiente; e desigualdade socioeconômica, já que 2.229 municípios (42,5% do total) registraram baixo nível de investimentos, em média, investiram menos de 5% da receita.

Isso reflete em uma situação fiscal difícil ou critica em 2,195 municípios brasileiros, confirme o índice.
 
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