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04/11/2023 às 10:02 | Atualizada: 04/11/2023 às 10:06

Professora Kelina Souza dá dicas para começar a prova e não zerar a redação do Enem

Luíza Vieira

Postura na carteira, por gentileza! Quem conhece a especialista em redação Kelina Souza em sala de aula provavelmente já ouviu essa frase. Diante da contagem regressiva para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá seu primeiro dia de aplicação neste domingo (5), o Agora na Capital entrevistou a professora, que deu dicas aos vestibulandos que pretendem garantir um ‘notão’ em uma das avaliações mais temidas: a redação.

Entre quesitos como o tempo de prova, atenção aos riscos de zerar o texto e os critérios de avaliação, a especialista destaca a importância da dissertação-argumentativa para turbinar a nota geral no exame.

Neste domingo, serão aplicadas as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação, e a professora considera que os alunos primeiro devem começar a prova direto pela redação. Ela recomenda que o estudante avalie o tema, estipule um esquema de texto e utilize até duas horas para o concluir, mesmo que isso possa significar um sacrifício às provas objetivas, já que a redação é a oportunidade do estudante alavancar a nota geral do Enem. Todavia, é preciso ficar em alerta quando este prazo extrapola o limite de tempo.

“A gente tem o tempo ideal e o tempo real. O tempo ideal seria uma hora e meia. Ainda assim roubando um pouquinho de tempo das provas objetivas, calculando que alguns alunos chutem algumas questões. [...] Ultrapassar as duas horas de prova já é perigoso porque pode fazer com que você tenha um baixo rendimento nas objetivas”, pontuou.

Além disso, é preciso ficar atento às possibilidades que podem zerar o texto e consequentemente, levar embora o sonho de uma vaga em uma universidade. Conforme a especialista, os erros vão desde a não preparação para a prova, como também a falta de informações quanto às normas que regem o exame. 

“Um texto escrito em outra língua, texto com sete linhas, fuga do tema proposto. Quando não faz o texto que é cobrado que é o texto dissertativo-argumentativo, na terceira pessoa, uma linguagem mais formal. Ali, a gente vai ter que colocar o Português em jogo mesmo, evitando marcas de oralidade, sendo o mais formal possível. [...] Tem outras formas de zerar também, se você fizer uma marcaçãozinha, um sinal gráfico, se você deixar um recado para o seu corretor”, reforçou.

Para não errar, o jeito é ficar de olho na matriz de referência da redação, a qual estabelece os critérios de avaliação e a pontuação de cada um deles.

“São cinco critérios, cada um vale 200 pontos. O primeiro vai avaliar mais a formalidade, tem a ver com a língua, gramática, esse tipo de coisa. O segundo critério vai avaliar as informações que você trouxe para o texto, se você fez uma dissertação-argumentativa certinha, se você entendeu bem o tema. O terceiro critério é o nível de aprofundamento do seu argumento, então tem que escrever bastante, argumentar bastante. O quarto critério tem a ver com os mecanismos linguísticos, o que é isso? São palavrinhas que conectam as ideias no texto. [...] O último é o critério da proposta de intervenção, tem que fazer uma solução para o problema que você desenvolveu ao longo do texto”, aponta.
 
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