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06/11/2023 às 13:19 | Atualizada: 06/11/2023 às 13:20

​Delegado confirma existência de ‘cemitério clandestinos’ de facção criminosa

Jardel P. Arruda

O delegado Caio Fernando Alvares de Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirma que existe pelo menos um cemitério clandestino utilizado por facções criminosas para esconder restos mortais em Cuiabá.

De acordo com ele, várias investigações levam a um cemitério na região do Contorno Leste, do Grande Osmar Cabral. A localização exata ainda não foi encontrada, mas as buscas pelo local seguem devido às investigações para encontrar os restos mortais de 4 maranhenses assassinados na Capital em 2021.

“Tudo indica que estão não só os quatro corpos. Tudo indica que vão ter dezenas de corpos ali. Resta a gente conseguir localizar o ponto exato desse cemitério clandestino, que foi criado pela facção”, afirmou Caio, nesta segunda-feira (6), em coletiva de imprensa sobre o desenrolar da Operação Kalypto.

De acordo com ele, além dos restos mortais dos maranhenses, podem estar enterrados no local outras pessoas de facções rivais, ou até mesmo membros da própria facção local que tenham descumprido regras da organização criminosa. E, assim como aquele, podem ter outros pontos de “desova”.

“São pessoas que eles [as facções] condenaram a morte.[...] Pode ter um ou alguns. Esse é um que todas as investigações falam que na região do grande Osmar Cabral tem um cemitério clandestino. Ali não há dúvidas que há um cemitério clandestino”, disse.

Operação Kalypto

Após mais de dois anos do desaparecimento de quatro maranhenses em Mato Grosso, que foram sequestrados, torturados e assassinados em maio de 2021, por determinação de uma facção criminosa, equipes da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizam buscas buscas na região do bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (6). 

As diligências dão sequência às investigações da Operação Kalypto, deflagrada pela DHPP em janeiro deste ano para cumprimento de ordens judiciais contra integrantes de uma facção que assassinaram e ocultaram os corpos de quatro jovens. O inquérito foi concluído em fevereiro e oito pessoas foram indiciadas. 

Além disso, as investigações também apontaram que a ordem de execução dos jovens teria partido de dentro da Penitenciária Central do Estado. 
 
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