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13/03/2019 às 11:25 | Atualizada: 14/03/2019 às 11:24

MP se manifesta a favor e juiz decide se Lesco será reinterrogado

Luana Valentim, Direto da Redação

A defesa do ex-chefe da Casa Militar, Evandro Lesco, ingressou um pedido de um novo interrogatório na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, sob análise do juiz Marcos Faleiros, para tratar sobre o caso que ficou nacionalmente conhecido como Grampolândia Pantaneira.
 
Ao Portal Leiagora, o advogado Stalyn Paniago – que faz a defesa do coronel – disse que o pedido foi feito por entender que há necessidade de esclarecer alguns pontos das investigações, sendo este o motivo de ter solicitado um novo interrogatório.
 
No documento, a defesa do coronel pede que o reinterrogatório seja antes da audiência marcada para os dias 20, 21 e 22 deste mês, às 8h.
 
O pedido foi enviado ao Ministério Público, que se manifestou favorável ao reinterrogatório, agora caberá ao juiz decidir se aceita ou não.
 
Caso Faleiros decida pelo novo interrogatório, a data dos julgamentos dos réus da grampolândia pode ser alterada.
 
Todos os réus do caso já haviam prestado depoimento sobre os grampos ilegais que funcionaram como uma espécie de ‘barriga de aluguel’ no Estado.
 
A denúncia do esquema foi feita pelo promotor de Justiça, Mauro Zaque, à Procuradoria-Geral da República. Ele afirmou, na época, alertou por meio de ofícios o então governador Pedro Taques (PSDB) sobre a existência de um ‘escritório clandestino de espionagem’.
 
O esquema veio à tona em 2017 e ficou nacionalmente conhecido como Grampolândia Pantaneira, após ser exibido no programa Fantástico. Políticos, jornalistas e advogados tiveram seus telefones grampeados entre 2014 e 2017.
 
Na época, os coronéis da PM Zaqueu Barbosa (ex-comandante PM), Ronelson Barros, o tenente–coronel Januário Batista e o cabo da PM, Gerson Corrêa Junior foram presos. Mas atualmente, eles cumprem medidas cautelares em prisão domiciliar sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.
 
Dentre os depoimentos, o mais polêmico foi o do cabo Gerson que afirmou que o ex-governador Pedro Taques (PSDB) era dono do esquema e que seu primo, o ex-chefe da Casa Civi, Paulo Taques o procurou na ala no Centro de Custódia de Cuiabá para oferecer uma ‘ajuda’ em troca de não deixar que as investigações chegassem ao ex-gestor estadual.
 
Após as declarações, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Mauro Campbell, determinou que o inquérito que investiga o envolvimento de Taques fosse desmembrado. Mas, com a derrota no último pleito, perdendo o cargo de governador, o processo voltou ao Tribunal de Justiça.
 
 
 
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