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26/11/2023 às 17:23

Mudança na política de exportação da Argentina favorece MT, avalia presidente eleito da Aprosoja

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

O presidente eleito para o mandato 2024/2026 na Aprosoja-MT, Lucas Costa, avalia com bons olhos o posicionamento do novo presidente da Argentina, Javier Milei, em reduzir a exportação de soja do país castelhano para a Ásia. Em coletiva de imprensa, realizada na quinta-feira (23), Lucas fez uma análise positiva e diz que a que a ação de 'los hermanos' favorece o mercado para o Brasil.

“Sem dúvida nenhuma é uma oportunidade muito grande para o Brasil, lembrando que a Argentina é muito forte na industrialização de grãos e eles querem ampliar essa industrialização, enquanto a demanda do mercado asiático é por grãos in natura. Ou seja, é ainda melhor para o Brasil esse cenário, olhando desse ponto de vista”, considerou o ainda atual vice-presidente da Aprosoja-MT. 

Isto porque, apesar do crescimento da agroindústria no estado e também no Brasil, o país ainda lidera o ranking de exportações de grãos. Além disso, Mato Grosso é o maior produtor de grãos, com 30% de toda a produção nacional. 

Apesar do posicionamento da Argentina favorecir os produtores brasileiro, atualmente, o Brasil, especialmente Mato Grosso, enfrenta um período de crise na cultura da oleoginosa, isso porque com um período de estiagem fora do comum para o mês de novembro a tendência é de queda na produção. O estado, responsável por 30% das produção da oleaginosa no país, encara ainda um conflito interno entre produtores e grandes empresas exportadoras em virtude da Moratória da Soja.

Diante da expansão de mercado, a previsão é de redução na produção pela própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que avalia que o volume da produção brasileira de grãos de 2023/2024, deverá ser 1,5% ou 4,7 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23. Diante nisso, é nítido que apesar da abertura comercial, o país e Mato Grosso enfrentam crise na produção do grão e terão dificuldades em suprir a demanda internacional.
 
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