Secretário defende as políticas ambientais de MT e diz que quem preserva é o produtor
Luíza Vieira
Diante do posicionamento da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de que o Brasil vai à COP 28 para cobrar e não ser cobrado, um dos membros da comitiva do governador que também partirá rumo à Dubai na próxima semana para a reunião, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, concorda com a gestora e defende a política ambiental de Mato Grosso.
“Com certeza! Imaginem só Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, o maior produtor de milho, o maior produtor de algodão, gergelim, tem o maior rebanho bovino do Brasil e preserva 63% do seu território. E um detalhe, 40% dessa área que é preservada são dentro de propriedades privadas, quem preserva é produtor”, defendeu em entrevista ao Agora na Capital desta terça-feira (28).
Por outro lado, o secretário analisa que não existe a possibilidade de produzir com desmate zero. Ele argumenta que primordialmente, o Código Florestal Brasileiro precisa ser respeitado, o que pode também ser interpretado como uma defesa de produtores rurais que atualmente questionam a Moratória da Soja.
“Isso não existe, nós temos um Código Florestal muito restritivo (...) um produtor que só pode desmatar 20% de sua propriedade, se ele tem o direito de desmatar, ou paga para ele não desmatar, ou deixa ele desmatar para poder produzir, porque a produção vai gerar emprego e renda”, avaliou.
Somado a isso, o gestor da pasta econômica vislumbra um cenário ainda melhor para o Estado ao longo dos anos, a partir do momento em que conseguir atrelar áreas de pastagem e culturas.
“Nós temos condições aqui em Mato Grosso, de acordo com o Imea, nós temos 10, 11 milhões de hectare de áreas de pastagem degradadas pela evolução da nossa pecuária, que vão ser incorporadas na agricultura. Então Mato Grosso tem condições de dobrar sua produção daqui uns 10 ou 15 anos, sem derrubar uma árvore. Então se tem um lugar que se produz com sustentabilidade é Mato Grosso”.
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