Mulheres de MT conquistam espaço no mercado financeiro como gestoras e investidoras
Leiagora
O mercado financeiro tem por tradição ser eminentemente masculino, porém, as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço nele. Uma pesquisa da TradeMap, plataforma que oferece diversas opções de investimentos, indica que a presença feminina em cargos de alta gestão cresceu 78% nos últimos seis anos.
Mesmo assim, esse público ocupa somente 14,5% das posições de comando nas instituições de capital no Brasil. A notícia positiva, no entanto, é que esse cenário está bem dinâmico e mudando a cada instante. Talita Augusto, de 24 anos, é uma das que está fazendo carreira nesse setor e de forma bastante destacada.
Ela atua no grupo Ouro Investimentos, que possui sede em Cuiabá, e afirma que começou no local como estagiária. Agora, dois anos depois, está conquistando seu espaço e já ocupa o cargo de assessora de mesa proprietária, trabalhando com clientes de alta renda. “A mulher tem um olhar mais aguçado para fazer negócios”.
E, por isso, ela entrou no ramo e agora tenta mostrar a necessidade de que as mulheres assumam com mais frequência o posto de analista financeira das famílias. “Sabemos que no Brasil temos um percentual muito maior de mulheres do que de homens e elas precisam começar a olhar para as finanças”, comenta Talita.
Na prática, ela conversa com os clientes, ouve suas histórias de vida, faz um diagnóstico e escolhe as ferramentas do mercado financeiro que mais se adequam ao perfil do contratante. “Cada caso é um caso. Sempre ouço o cliente e busco a melhor estratégia para que ele alcance seu objetivo”.
Sobre sua experiência no mercado financeiro, Talita afirma que é jovem e, isso, às vezes, gera uma certa curiosidade, mas diz que o mercado financeiro é um desafio interessante e que precisa de dedicação e muito estudo. “Já tive clientes que me olharam desconfiados por conta de parecer ainda mais nova do que sou, mas se tem uma coisa que ninguém consegue tirar de nós é a confiança. E isso eu tenho porque gosto e me dedico muito à minha carreira”.
O ambiente de trabalho, segundo Talita, ainda é muito masculino, mas com uma grande abertura, ao menos na empresa em que atua, para que as mulheres consigam firmar seu espaço. “Basta ter vontade e querer se tornar uma profissional nesta área. É preciso muita dedicação e estar sempre disposta a aprender”.
Investidoras
E quando falamos do outro lado, ou seja, dos investidores, vale destacar que em 2021, do total de 5,9 milhões de investidores, 1,1 milhão era do sexo feminino, um aumento de 35% se comparado ao número do ano anterior. Em 2022, o número passou para 1,34 milhões, ou seja 16% a mais que em 2021.
Em 2023, antes mesmo de encerrar o ano, o público feminino já soma 1,38 milhões de investidores. Viviane Martins, de 38 anos, é uma delas. Ela conta que teve um casamento de 10 anos, mas que se separou há dois anos e que recebeu um montante relativo à partilha de bens, mas que não sabia o que fazer com o dinheiro.
“Até que encontrei uma empresa que me ofereceu um profissional que tem me orientado como investir”, diz Viviane, que prefere não revelar em que investiu. Mas ela conta que em menos de um ano lucrou mais de 20% em seu investimento. “Tenho um sonho e estamos trabalhando para alcançar isso”.
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