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17/12/2023 às 12:12

Colniza prejudica a imagem de Mato Grosso, afirma secretária de Meio Ambiente

Jardel P. Arruda

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, afirma que o município de Colniza tem prejudicado todo Mato Grosso devido aos crimes e indicadores ambientais. Ela lembrou que maioria absoluta do desmatamento ilegal no estado acontece lá e a quantidade de crimes ambientais na região obriga a Sema a menter equipes permanentemente na região.

“O que acontece é que Colniza é uma área de conflito. É o município que, de longe, tem o maior índice de desmatamento irregular. É onde as nossas equipes continuam presente o tempo todo para evitar [crimes ambientais]. E assim, infelizmente, Colniza prejudica a imagem do Estado inteiro. Noventa e sete por cento do desmatamento realizado em Colniza é sem autorização”, disse Mauren, na quarta-feira (13), após reunião com deputados estaduais na Assembleia Legislativa. 

Localizado no extremo nordeste de Mato Grosso, dentro da Floresta Amazônica, o município de Colniza é destaque negativo nacional desde 2004 quando foi citado como o mais violento do Brasil. Apesar de sair do topo da lista, o local ainda é lembrado por crimes, como o assassinato do então prefeito Esvandir Antonio Mendes, em 2017.

Desde 2019, o município ganhou os noticiários por conta do “Dia do Fogo”, uma ação na qual criminosos ateiam chamas na floresta para defender o desmatamento. Recentemente, em outubro deste ano, uma base da Polícia Militar, localizada no Distrito de Guariba, foi incendiada.



A  declaração da secretária, no entanto, é uma defesa dos policiais militares e fiscais da Sema envolvidos em uma ação naquele município que ganhou destaque devido a vídeos que circularam nas redes sociais nesta semana. 

Nas imagens, um fazendeiro parte para cima das viaturas dos servidores públicos com um trator e depois ataca as caminhonetes com uma picareta porque para tentar evitar que o maquinário fosse apreendido por ter sido flagrado desmatando sem autorização.

“Não houve por parte de nenhum dos fiscais. Ao contrário, eles até controlaram, de certa forma, com muita tranquilidade. Os vídeos mostram, mas até foram bastante pacientes. [...] Além do crime ambiental, ele [o fazendeiro] praticou diversos outros crimes adicionais. E ele vai ser responsabilizado por isso. Nós vamos cumprir a lei”, ratificou Mauren.
 
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