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15/12/2023 às 17:26 | Atualizada: 15/12/2023 às 17:28

TSE conclui julgamento e devolve direitos políticos a Neri Geller

Jardel P. Arruda

Por unanimidade, os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram acolher o recurso de Neri Geller (PP), nesta sexta-feira (15),  e com isso devolvem os direitos políticos dele. O  ex-deputado federal foi cassado em 2022, em meio a candidatura ao Senado, por problemas nas contas da campanha de 2018.

O recurso foi relatado pelo ministro Raul Araújo, que emitiu parecer pelo acolhimento do recurso e foi acompanhado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e pelos ministros Nunes Marques, Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, e pelas ministras Cármen Lúcia e Isabel Gallotti.

Com a confirmação da decisão favorável ao ex-deputado, Neri Geller é cotado para assumir cargo no Ministério da Agricultura e Agropecuária, setor do qual ele participou do grupo de transição do governo federal.

Mesmo sem cargo, Geller chegou a “dar expediente” no Ministério da Agricultura no início de 2023, quando tinha expectativa de uma resolução rápida do caso na Justiça Eleitoral. Com o passar dos meses, no entanto, ele se afastou de Brasília para preservar a si mesmo e os aliados políticos.

Sem cargo no governo federal e tendo sido derrotado nas eleições, Geller também perdeu o comando do Partido Progressistas em Mato Grosso, atualmente sob o comando do deputado estadual Paulo Araújo e sob forte influência do empresário Cidinho Campos.

Agora, no entanto, Geller pode retornar ao cenário político, sendo peça chave para eleger aliados em Lucas do Rio Verde e outros municípios de Mato Grosso, para se preparar para as eleições de 2026.

O caso

Em agosto do ano passado, por unanimidade, o TSE cassou o mandato de Neri Geller e declarou a inelegibilidade do parlamentar por abuso de poder econômico nas eleições de 2018, ano a partir do qual passa a contar a sanção.

Nessa Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), proposta pelo Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso, Geller foi acusado de abuso de poder econômico por ter doado R$ 1,3 milhão para 12 candidatos a deputado estadual nas eleições de 2018, extrapolando também o limite permitido, de 10% do rendimento bruto do candidato.
 
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