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18/12/2023 às 18:11

Juiz recebe denúncia e pedreiro se torna réu por chacina de família em Sorriso

Leiagora

O juiz da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Rafael Depra Panichella, recebeu na sexta-feira (15) a denúncia contra o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos por quatro homicídios qualificados e três estupros, tendo como vítimas mãe e filhas. Os crimes foram cometidos entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia 25 de novembro, na residência das vítimas, no município de Sorriso. 

A informação sobre o recebimento da denúncia foi confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), no entanto, mais detalhes não serão repassados, visto que o caso segue em segredo de justiça.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso, por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Sorriso. Além da qualificadora de feminicídio, por terem sido os crimes praticados com menosprezo e discriminação à condição de mulher, o MP entendeu que os quatro homicídios também foram cometidos de forma cruel, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a execução e garantir a impunidade de outro crime, e dois crimes, contra menor de 14 anos de idade.

O Ministério Público também imputou uma causa de aumento de pena, pois os crimes foram praticados na presença física de ascendente e descendente das vítimas. Três delas foram atingidas com golpes de faca e uma foi morta asfixiada.

A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino. 

O crime

Cleci Calvi Cardoso, 46; Miliane Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 12 anos e Melissa Gabriela Cardoso, de 10 anos foram encontradas mortas, com diversos ferimentos no corpo, dentro da casa da família na manhã de 27 de novembro, no bairro Florais da Mata, em Sorriso.

Gilberto Rodrigues foi preso em flagrante na mesma manhã em que foram encontrados os corpos das vítimas. Ele trabalhava em uma obra ao lado da residência da família Cardoso e observou as vítimas antes de cometer os crimes. Ele invadiu a casa na sexta-feira à noite, 24 de novembro, e quando foi confrontado pela mãe, que tentou defender a família, matou Cleci e depois as três filhas dela, cometendo em seguida o estupro contra três das quatro vítimas. Com o criminoso, a Polícia Civil encontrou uma peça íntima de uma das vítimas.

Diante da comoção na cidade, a Polícia Civil requisitou a transferência do criminoso para a penitenciária de Sinop. Depois, o juízo da comarca determinou que ele fosse transferido para a Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá.

O lado pericial de confronto genético realizado pela Politec-MT apontou positivo para o DNA do criminoso em uma das vítimas que sofreu o estupro, a menina de 12 anos. Os demais laudos periciais ainda estão em fase de conclusão pela perícia oficial.
 
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