Imprimir

Imprimir Notícia

20/12/2023 às 08:02

Vice-presidente da Fiemt comemora decisão do CNPE de acelerar transição energética

Luíza Vieira e Marina Martins

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso Rodrigo Guerra comemorou a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) quanto à autorização de mistura de biodiesel ao diesel em 14%, a partir de março de 2024. Dada a representativa produção de Mato Grosso quanto ao combustível, Rodrigo analisa que a decisão será favorável para o Estado.

“Os futuros aumentos na mistura de biodiesel ao diesel que deve ser levado até 25%, conforme anunciado pelo Governo Federal na inclusão dentro do projeto de lei ‘Combustível do futuro’, ele vem demonstrar realmente que o Brasil fortalece suas potencialidades e valoriza a sua indústria de biocombustível. E, faz com que o Brasil venha a cumprir com a sua função social, econômica e ambiental também ", destacou.

A medida agradou aos produtores, que têm pressionado por segurança jurídica nessa política para que seja viável uma ampliação de investimentos. 

Para além disso, o vice-presidente reforçou que a decisão irá favorecer Mato Grosso, o que irá impactar toda uma cadeia, gerando mais empregos e, consequentemente, mais investimentos. 

“O biodiesel do Mato Grosso, especificamente, nós somos os maiores produtores de biodiesel do país. Hoje está em 12% a mistura dentro do diesel e todo diesel nacional tem 12% hoje e chegaremos a 25%. A Federação das Indústrias e o sindicato das usinas produtoras de biodiesel, vê isso com muito bons olhos, principalmente porque a função e a origem de Mato Grosso ela é a agropecuária, valorizando essa indústria, você está valorizando toda uma cadeia, não só vendo o biodiesel como um combustível, mas sim como um grande agregador de cadeia”, finalizou.

Autorização

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou nesta terça-feira (19) a antecipação do mandato de 14% (B14) da mistura de biodiesel ao diesel vendido ao consumidor no Brasil para março de 2024. A previsão era de que o índice fosse alcançado apenas em 2025. A expectativa é de que, com a medida, seja evitada a emissão de cinco milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, além da redução de cerca de R$ 7,2 bilhões com a importação de diesel fóssil, além de estimular a transição energética. O B15, anteriormente previsto para 2026, também será antecipado para março de 2025.

A 42º reunião ordinária do CNPE, presidida pelo ministro Alexandre Silveira, foi realizada no Ministério de Minas e Energia (MME) e contou com a presença do presidente Lula, além do vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros de Estado e representantes dos setores de energia, petróleo e gás do país, que integram o conselho.  

O presidente Lula defendeu os investimentos em biocombustíveis como importantes aliados para a transição energética. “O Brasil é capaz de produzir combustíveis de alta qualidade e mais sustentáveis. Temos que apostar na transição energética e transformar o Brasil em um país ativo e altivo”, afirmou o presidente da República.
 
 
 Imprimir