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23/12/2023 às 15:31 | Atualizada: 23/12/2023 às 15:33

Defesa de empresária acusada de mandar matar Zampieri pede retorno a MG e revogação de prisão

Paulo Henrique Fanaia

Os advogados contratados para defender a empresária mineira Maria Angélica Caixeta Gontijo, apontada como a mandante do assassinato do jurista Roberto Zampieri, já protocolaram na Justiça de Mato Grosso dois pedidos, um com  solicitação de recambiamento dela de volta para o estado de Minas Gerais e outro pedindo a revogação da prisão.

A informação foi confirmada pela defesa da investigada, que em Mato Grosso é patrocinada pelo advogado Eustáquio Neto, que conversou com o Leiagora, na tarde deste sábado (23), no hangar da Ciopaer, local onde o avião que trouxe Maria Angélica pousou.

Eustáquio contou ter sido contratado pela família dela para prestar assessoria jurídica em Cuiabá. Embora ainda não tenha tido a oportunidade de conversar diretamente com a suspeita, ele afirma que ela está tranquila e que nega participação no crime.
 
O defensor explica que Maria Angélica foi cliente de Zampieri quando ele advogou em favor da suspeita em processo que tratava de uma disputa de terras no interior de Mato Grosso. Tempos depois, Maria Angélica e Zampieri teriam se desentendido e ela rompeu o contrato com ele. Foi então que alguns meses depois, Zampieri passou a advogar contra a mulher.
 
“A única coisa que liga ela com o crime é fato dela ter tido um desentendimento com o Zampieri há muito tempo atrás e ele foi advogado dela, e o fato desses presos serem do mesmo estado onde ela mora”, afirma Eustáquio Neto.
 
Maria Angélica foi presa na quarta-feira (20) na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, por uma equipe da Polícia Civil de Mato Grosso, com apoio da delegacia do município. Encaminhada à delegacia de Patos de Minas, ela foi interrogada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque e negou que tivesse encomendado o assassinato do advogado.
 
O executor do crime, Antônio Gomes da Silva, foi preso também na quarta-feira, na capital de Minas Gerais, com apoio do Departamento Estadual de Homicídios em Belo Horizonte. O atirador foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, e encaminhado à capital, onde foi interrogado pelo delegado Edison Pick, da DHPP de Cuiabá.
 
Na sexta-feira (22), também com apoio do DHPP da Polícia Civil de Minas Gerais, foi cumprido o mandado de prisão contra o terceiro envolvido na morte do advogado, apontado como o provável intermediador do crime, responsável por contratar o serviço e entregar a arma de fogo ao executor.

As investigações da Delegacia de Homicídios de Cuiabá apontaram que, após contratar o executor pelo valor de R$ 40 mil, o intermediário despachou uma pistola calibre 9 mm, registrada em seu nome, para Cuiabá, no dia 5 de dezembro, a mesma data em que ocorreu o crime. O encontro entre o intermediador e o executor para entrega da arma ocorreu em um hotel, onde os dois ficaram hospedados na capital mato-grossense. 
 
Os suspeitos chegaram neste sábado em Cuiabá. Após os exames, o atirador Antônio Gomes da Silva e o suspeito de ter contratado o assassino serão encaminhados à Penitenciária Central do Estado. Já Maria Angélica Caixeta Gontijo será encaminhada para a Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto, ambas em Cuiabá.
 
 
 
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