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09/01/2024 às 08:10 | Atualizada: 09/01/2024 às 10:54

PSD fecha apoio ao Partido dos Trabalhadores na disputa pela Prefeitura de Cuiabá

Renan Marcel

O xadrez político das eleições municipais de 2024 em Cuiabá ganha novo cenário nesta semana com uma articulação vinda de Brasília: o preseidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solicitou do ministro da Agricultura, Carlos Favaro, o apoio do PSD ao candidato do Partido dos Trabalhadores no pleito da capital mato-grossense. A resposta, obviamente, foi positiva tanto em decorrência do autor do pedido quanto do projeto de manutenção da aliança PSD-PT em âmbito municipal.

Embora o PT não tenha batido o martelo sobre o nome a ser lançado, a jogada favorece o deputado petista Lúdio Cabral e coloca pressão sobre a candidatura de Eduardo Botelho, que tinha o PSD como principal alternativa caso não conseguisse se tornar candidato pelo União Brasil, partido no qual enfrenta resistência do presidente da sigla, governador Mauro Mendes. 

A solicitação de Lula a Fávaro foi feita na segunda-feira (8), logo após o evento Democracia Inabalada, no Salão Negro do Congresso Nacional. O presidente chamou o ministro para uma reunião particular no gabinete, onde aproveitou também para cobrar a fatura dos acordos da eleição de 2022.

Diante do pedido, Fávaro não viu condições de recusar, uma vez que também já havia estabelecido prazo para Botelho se decidir sobre a saída do União Brasil.

Como o parlamentar insistiu na tentativa de um consenso dentro do seu partido, acabou vendo as portas se fechando no PSD. Botelho ainda continua à espera de uma definição no União, cobrando que seja feita ainda em janeiro. 

Dentro do PT, Lúdio Cabral ganha força depois de Rosa Neide ter dado sinais de desistência da candidatura. O nome do deputado foi escolhido no diretório municipal do PT e será levado para a Federção Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), que não tem outro nome senão o do vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), que enfrenta o desgaste de estar associado à gestão de Emanuel Pinheiro (MDB), além de ser o chefe da Secretaria de Obras da cidade e enfrentar o desgaste da cidade esburacada. 

Passado o período de discussões na Federação em âmbito municipal, a definição virá do âmbito federal. O PT tem como meta fazer o maior número de prefeitos nas capitais brasileiras e cidades com segundo turno, por isso deve reivindicar na federação nacional o protagonismo. 
 
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