Buzetti confirma racha com grupo de Fávaro: ‘Com o PSD local eu não tenho contato’
Paulo Henrique Fanaia
A senadora em exercício Margareth Buzetti (PSD) insinua que o clima entre ela e o atual ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), o titular da cadeira no Senado Federal, não anda dos melhores. A congressista afirma que não tem contato ou qualquer tipo de diálogo com o diretório estadual do partido em Mato Grosso e que sempre que tem alguma dúvida sobre a tramitação de um projeto na Casa de Leis em Brasília, ela delibera com o diretório nacional do partido.
Na manhã desta terça-feira (30), a senadora participou de uma entrevista no Jornal da Cultura da Rádio Cultura FM. Questionada sobre qual será a sua postura nas eleições municipais de 2024, haja vista que o partido, que é liderado estadualmente por Fávaro, ter carimbado apoio ao candidato a prefeito da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) em Cuiabá, Margareth disse que não pode votar em um candidato que vai contra o setor produtivo, escancarando o distanciamento dela com o atual ministro.
“Se você olhar as minhas votações, como me comportei, está em consonância com nossa eleição de 2020, eu não mudei e não posso mudar, sou do setor produtivo. Tenho aproximação com o PSD nacional, quando tenho dificuldade eu digo: ‘não posso votar contra esse projeto’, e a nacional libera a bancada. Com o PSD local eu não tenho contato. A última vez que tive contato com O Fávaro foi quando fomos para Sorriso. Depois disso não nos falamos mais”, afirmou a senadora.
De acordo com ela, essa separação aconteceu quando Fávaro aceitou virar ministro do governo Lula (PT): “Entrei no PSD pra ele virar ministro. Depois ele foi pra outro grupo e eu permaneci no meu grupo. Pra mim fica difícil ir contra o setor produtivo, eu não vou”.
Eleito ao Senado Federal em 2020 nas eleições suplementares em virtude da cassação da ex-senadora Selma Arruda, Fávaro tinha em sua chapa Buzetti como primeira suplente e José Lacerda como segundo suplente. Em 2023, Fávaro aceitou o convite do presidente Lula e se tornou ministro da Agricultura.
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