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26/02/2024 às 16:11 | Atualizada: 26/02/2024 às 16:53

Abílio propõe que Governo do Estado troque BRT por um 'VLT sobre rodas'

Marina Martins

Um híbrido entre ônibus e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é a proposta do deputado federal Abílio Brunini (PL) para ser o novo veículo de transporte público em Cuiabá e Várzea Grande. Trata-se do ART (Autonomous Rail Rapid Transit), um sistema de ônibus articulado guiado por LiDAR (Light Detection And Ranging), que é, basicamente, detecção e alcance de luz, para transporte urbano de passageiros.
 
A sugestão foi apresentada pelo parlamentar ao governador Mauro Mendes (União) na última semana. Abílio acredita que o veículo possa substituir o BRT (Bus Rapid Transit) sem necessidade de alteração nas obras já executadas.
 
“É importante a população entender que o modal é o mesmo. Só muda o veículo [...] É uma linha exclusiva de transporte de massa de passageiros. Se era VLT, essa linha era usada um trilho para isso, um investimento altíssimo [...] Se a gente trocar o veículo para um veículo mais eficiente, 
 
gasta menos energia porque ele é mais leve, é esteticamente agradável conforme as percepções que a gente quer da cidade para o futuro, moderno e inteligente”, ponderou.

  
O ART foi descrito como uma combinação entre um ônibus e um vagão de VLT. O sistema é rotulado como
 "autônomo" e os modelos em operação são guiados opticamente, com driver a bordo, guiando-se por linhas tracejadas na pista. (veja vídeo abaixo)
 
“Ele é um VLT que colocaram pneus [...] É guiado por pintura no pavimento, então se faz um tracejado específico e a câmera desse veículo segue aquele tracejado [...] ele observa o trânsito monitorado por GPS. A parte interna dele é igual a um VLT com toda a tecnologia e conforto”, explicou.
 
O parlamentar conhece
u a tecnologia na Subcomissão Especial sobre Mobilidade Urbana (CDU/SUBMOB) da Câmara dos Deputados, da qual assumiu a presidência. Arquiteto e urbanista de formação, Abílio citou países como China e Malásia, que já incorporaram esse tipo de transporte coletivo. E que a cidade de Manhatan, em Nova Iorque, também estuda a implantação. No Brasil, o estado de Goiás tem analisado a possibilidade de adotar o veículo. 

“Por que não fazer isso? Se ele custar 20% a mais só o veículo, do que era o BRT, ainda é viável pela capacidade de transporte ele carrega 100 pessoas, 200 pessoas numa viagem, depende da quantidade de vagões que você conectar”, argumentou dizendo que as obras já executadas para a implantação do BRT em Várzea Grande e na Capital não seriam perdidas, assim como o restante do projeto.
 
“O que eu tô propondo não é a troca da infraestrutura, tudo o que tá fazendo não vai perder nada [...] a base é a mesma, o subsolo é o mesmo, o asfalto é o mesmo, o concreto é o mesmo, o espaço é o mesmo, as estações [...] o que vai trocar é o ô
nibus [...] Só que ele, com a tecnologia e o modal, consegue ter a eficiência energética para transportar esses vagões e o número de passageiros bem elevado com menos custo que o BRT faria”, afirmou.

                   

O deputado disse que a proposta foi bem recebida pelo governador, e que o gestor teria pedido uma pesquisa sobre o assunto à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

Abílio garantiu que não quer “criar confusão” sobre o modal, mas apontar uma solução mais eficiente e durável.

“No futuro se a tecnologia mudar, aquela faixa de enrolamento ela está disponível para carro, para qualquer outra atividade, então ela é reaproveitável [...] Ele é muito mais sustentável ao ponto de vista do desenvolvimento da cidade”, concluiu.


 

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— Leiagora Portal de Notícias (@leiagorabr) February 26, 2024
 
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