Imprimir

Imprimir Notícia

06/03/2024 às 10:47

Michelly lamenta que Emanuel tenha sido afastado pela Justiça e não pela Câmara

Paulo Henrique Fanaia

A vereadora Michelly Alencar (União) lamenta que o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) tenha ocorrido em razão de uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Para a parlamentar, o gestor municipal deveria ter sido afastado pela Parlamento Municipal, para passar um recado ao prefeito, o que de os parlamentares não compactuam com sua gestão.
 
“Quem acompanha a gestão Emanuel Pinheiro sabia que a qualquer momento isso deveria acontecer, não é nem que poderia, deveria acontecer. Nós precisamos recordar que não é por acaso que todas as vezes que Cuiabá sai como notícia em rede nacional é pelos escândalos provocados pelo prefeito Emanuel, já são 19 operações, 14 delas sendo realizadas na saúde. (...) Eu sempre disse que nós não poderíamos naturalizar o crime, o desvio, a corrupção, infelizmente ele não foi afastado pela Câmara, deveria ter sido dado este recado pela Câmara, mas eu tenho certeza que mesmo sendo pela justiça, com a ajuda do Ministério Público de alguma maneira a gente teve a contribuição nisso”, declarou a vereadora na manhã desta terça-feira (5).
 
Nesta segunda-feira (4), o prefeito Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo por 180 dias em razão de uma decisão liminar exarada pelo desembargador Luiz Ferreira que acatou um pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) que aponta o prefeito como um líder de uma organização criminosa que desviou valores milionários da saúde da Capital.
 
Ao mesmo tempo, o MP ressaltou que o prefeito deixou um rombo nos cofres públicos de mais de R$ 1,2 bilhões, tal como foi apontado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no julgamento que reprovou as contas de gestão d prefeito referentes ao ano de 2022.
 
É importante lembrar que este parecer do TCE será analisado pelo Plenário da Cãmara de Vereadores em breve. Para que o parecer do TCE seja derrubado e as contas sejam aprovadas, a base do prefeito deve contar com 17 votos favoráveis, o que muitos acreditam nos bastidores da Câmara ser impossível de conseguir.
 
Michelly é uma das parlamentares que confia na reprovação das contas do prefeito. Para ela, alguns vereadores fiéis a Emanuel devem continuar na base de apoio do emedebista, porém, a força desta base já está fraca há muito tempo, ainda mais agora com o período eleitoral se aproximando.
 
“Os vereadores que são candidatos à reeleição e que se preocupam com aquilo que a população pensa, fica bem difícil manter uma base forte, assim. Dá uma estremecida com certeza”, afirma Michelly.
 
 Imprimir