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07/03/2024 às 17:02

Defesa diz que autoridades de MT ‘burlam’ a Justiça em decisão que afastou Emanuel da Prefeitura

Amanda Garcia

Em pedido de habeas corpus ingressado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela defesa do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), os advogados Matteus Macedo e Lucas Fischer alegam que as autoridades de Mato Grosso tentam “burlar” a Justiça na decisão que afastou o gestor da Prefeitura de Cuiabá. Os juristas tentam a recondução do emedebista ao cargo.

No documento, além de ressaltar a “incompetência” da Justiça Estadual para julgar o caso, os advogados alegam falta de contemporaneidade nas acusações apresentadas pelo Ministério Público do Estado (MPE), precursor da ação.

“Na linha do que foi demonstrado ao longo da presente impetração, o Ato Coator consiste em uma clara tentativa das Autoridade Mato-Grossenses em burlar o que havia sido decidido por Vossa Excelência no HC de no 869.767/MT, sendo que foram decretadas medidas cautelares em razão de fatos cuja competência não é da Justiça Estadual, fatos sem qualquer contemporaneidade”, aparece em trecho.

Os juristas ainda acrescentam que, pensar o contrário é ‘desrespeitar’ o que foi decidido anteriormente pelo STJ.

A defesa ainda argumenta que Emanuel já havia sido afastado em 2021 pelas mesmas acusações e teve o afastamento revogado. Sendo ‘deveras contraditório’, três depois a Justiça voltar atrás, ‘sem a existência de qualquer nova circunstância’, sobre o entendimento do processo.

O pedido de liminar foi ingressado no fim da tarde desta quarta-feira (6) e encontra-se sobre relatoria do ministro Ribeiro Dantas.

O afastamento

Emanuel foi afastado do cargo na segunda-feira (4) por meio de uma decisão proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça, Luiz Ferreira da Silva. A ação tinha como base os desmandos na saúde pública do município.

Conforme o despacho, o afastamento tem validade de 180 dias. O magistrado acatou a um pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que aponta o chefe do poder Executivo como líder de uma organização criminosa responsável por desviar milhões dos cofres públicos de Cuiabá.

O órgão ministerial se embasou na decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que reprovou as contas do gestor referente ao ano de 2022 e apontou um rombo de R$ 1,2 bilhão.



 


 
 
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