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11/03/2024 às 10:40 | Atualizada: 11/03/2024 às 10:53

Vídeo | Polícia usa gás de pimenta e balas de borracha em área de desocupação em Cuiabá

Marina Martins e Amanda Garcia

Durante o processo de reintegração de posse, numa área na região do Contorno Leste, em Cuiabá, na manhã desta segunda-feira (11), equipes das Forças de Segurança do Estado usaram gás de pimenta e balas de borracha para dispersar a multidão que fazia uma barricada para evitar a entrada dos policiais.

A ação começou ainda na noite de domingo (10), com a chegada de policiais militares. Na manhã desta segunda (11), os PMs retornaram ao local, a distribuição elétrica do local foi cortada e a ação de desocupação teve início.


A área, pertencente à Ávida Construtora e Incorporadora S.A, está ocupada há cerca de 14 meses por militantes do movimento sem terra.

Em mandado expedido pelo Poder Judiciário de Mato Grosso por meio da 2ª Vara Cível Especializada em Direito Agrário, consta que o prazo definido pela Polícia Militar para início da Operação estava previsto para acontecer na manhã desta segunda.

No documento, a Polícia Militar chegou a solicitar a requisição da Assistência Social do município, fins de assegurar a realocação dos militantes.


Ao Leiagora, a auxiliar de serviços gerais, Maisa Andreato, que mora na área, fez um apelo. Ela pediu a atenção do Governo do Estado para que destine moradias aos desabrigados na ação.

"Aqui tem famílias, crianças, mães solo, pessoas com deficiência. [...] A gente invade uma terra pra ter o que é nosso, esse apelo eu faço pra vocês, estar junto conosco nessa batalha", pediu.


Luiz Fernando Proença, presidente da Associação Brasil Sem Teto, que lidera o movimento das famílias das ocupações, informou que além de anteciparem reintegração de posse, até o momento não há qualquer ação que assegura moradia aos ocupantes da área.

“Eles maquiaram a situação e não estão falando com a verdade para impedir que o Governo e a Prefeitura tenham sua função social. Primeiro a Prefeitura informou solicitaram aluguéis para 24 famílias, depois eles alegaram que possuíam condições de remover as pessoas que estavam e que poderiam abrigar somente uma família”, disse.

A ocorrência está em andamento

 

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