13/03/2024 às 12:15 | Atualizada: 13/03/2024 às 12:49
Casa com piscina que estava sendo construída em loteamento será demolida
Marina Martins
Dezessete pessoas foram presas durante os três dias de operação da Polícia Militar para desocupar a área na região do Contorno Leste, em Cuiabá, identificada como "Loteamento Bom Jesus" (Brasil 21). A informação é do comandante do 1º Batalhão da PM, Cel. Wankley Corrêa Rodrigues, em entrevista à TV Centro América, na manhã desta quarta-feira (13).
As prisões se deram, em sua maioria, por resistência durante a reintegração de posse.
“Foram 17 prisões até agora por resistência e desobediência da ordem judicial, além de pessoas que tentaram invadir o local novamente. [...] Estamos chegando no final dessa operação integrada, com mais de 400 homes para o cumprimento dessa missão”, afirmou.
“Houve resistência por parte de alguns invasores, que até atacaram as nossas guarnições com pedras e fogos, mas agimos de forma técnica, como necessário”, justificou.
Durante o cumprimento a decisão judicial, os policiais verificaram uma a uma as casas construídas na área de ocupação. E em algumas delas, em fase inicial de construção, encontraram até piscina. Pelo projeto arquitetônico, trata-se uma obra de grande porte.
“Não só nessa casa, como em algumas outras, verifica-se claramente que são pessoas que invadem como forma de se aproveitar. É uma pessoa que tem posses, tem condições. É uma ação que precisa ser feita, de assistência social, para dar sustentação às pessoas que realmente precisam e que estavam aqui”, reforçou.
O local segue isolado por equipes da PM e as construções começaram a ser demolidas no fim da manhã desta quarta-feira (13), por decisão da proprietária, a empresa Ávida Construtora e Incorporadora S.A, que recuperou a posse.
A área estava ocupada há cerca de 14 meses por quase mil famílias.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Cuiabá informou, em nota, que produziu relatório, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social Direitos Humanos e Direitos da Pessoa Com Deficiência em que aponta 24 pessoas em situação de vulnerabilidade e inscritos no CadÚnico. E que Procuradoria Geral do Município (PGM) solicitou ao juízo que realizasse um terceiro levantamento, via Sistema SNIPER, visando identificar endereços e moradias dos referidos ocupantes, a fim de atender apenas aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.
Parte dessas famílias estão, provisoriamente, no Centro Comunitário do bairro Jardim Fortaleza.
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