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14/03/2024 às 10:51 | Atualizada: 14/03/2024 às 11:43

Emanuel se diz apunhalado por vereadores da base e acredita que eleição influenciou voto

Paulo Henrique Fanaia

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) acredita que foi “apunhalado” pelos vereadores da base governista que se uniram a oposição e garantiram a abertura de uma Comissão Processante contra ele na Câmara de Cuiabá.  O gestor afirma que não entende porque os aliados agiram desta forma, e se diz "decepcionado" com a postura dos parlamentares.

“Vi com decepção [a abertura de processante], uma desconfiança grande, porque esse processo vai pautado e respaldado em uma decisão cassada, revogada e suspensa em três dias. (...) Eu não tenho nada contra ninguém, nem com esses vereadores que me sinto apunhalado. Eu quero entender por que eles fizeram isso. Eles sabem que não é justo o que aconteceu, mas tudo bem, deixa que com o povo eu me viro”, disse o prefeito durante entrevista concedida ao Jornal da Cultura na manhã desta quinta-feira (14).

A Comissão Processante contra o emedebista foi instaurada no Parlamento Municipal na última terça-feira (12) por 16 votos a oito. A medida no Legislativo Cuiabano contou com o apoio de seis vereadores governistas. Trata-se dos vereadores Jefferson Siqueira (PSD), Kássio Coelho (PRD), Lilo Pinheiro (PDT), Marcus Brito Junior (PV), Rodrigo Arruda (Cidadania) e Wilson Kero Kero (Podemos).
 
A mudança de lado dos parlamentares se deve a dois fatores, o primeiro é o desgaste do prefeito e o segundo é o processo eleitoral que se aproxima, haja vista que esses vereadores devem buscar a reeleição e querem ter uma boa imagem com os eleitores que cuiabanos, que em sua maioria rejeita a gestão atual.

O processo é reflexo da investigação conduzida pelo Ministério Público Estadual (MPE), que aponta Emanuel como líder de uma organização criminosa que se instalou na saúde da Capital com o objetivo de surrupiar recursos públicos.

O fato, inclusive, culminou no seu afastamento do Palácio Alencastro decretado pelo Judiciário de Mato Grosso e suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
 
Emanuel, o injustiçado
 
O chefe do Executivo Municipal afirma que está sendo injustiçado e acredita que o desembargador Luiz Ferreira da Silva, que determinou o seu afastamento na semana passada, foi induzido ao erro.


Diante disso, afirma que os vereadores só instauraram a Comissão Processante no Legislativo Cuiabano devido ao processo eleitoral deste ano. “A decisão do desembargador Luiz Ferreira foi injusta e rapidamente reparada em Brasília. Mesmo assim os vereadores, nesse ímpeto político, principalmente os de oposição, patrocinado pelo governo estadual em virtude das eleições, buscaram essa tentativa de atingir, de denegrir e atacar o prefeito. Vamos enfrentar e ganhar porque a verdade está do nosso lado, a justiça em Brasília está do nosso lado”, afirmou o prefeito.
 
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