De acordo com o secretário, isso ocorre em virtude de o terreno estar situado em uma área tida como “nobre”, onde cada hectare pode chegar a R$300 mil. Quanto a dimensão da área invadida, a informação consta no levantamento realizado pelo 24º Batalhão da Polícia Militar que foi encaminhado ao Poder Judiciário de Mato Grosso em 2023.
A informação foi repassada por Marcrean ao ‘justificar’ as dificuldades do Governo do Estado e do próprio município de Cuiabá em atuar em uma conciliação que evitasse o despejo das 900 famílias que viviam no Brasil 21, área pertencente à Ávida Construtora e Incorporadora S.A.
Conforme apuração do Leiagora, o loteamento é abrigado por cerca de 4 mil famílias em seis ocupações, sendo elas: Brasil, Brasil 21 (que passou por reintegração de posse), Flor de Lis, Coab Vila Verde e Residencial Flor do Leste e Belvedere.
“Eu cheguei a visitar e almoçar com os líderes do assentamento Brasil 21 e em várias situações eu solicitei pra eles um levantamento daquela área ocupada e saber como está a situação daquela região. Até porque, são várias famílias que estão lá de maneira irregular, aquela reintegração só diz respeito a uma pequena parte, lá possui vários assentamentos iguais ao Brasil 21 e para garantir a permanência daquelas pessoas, só seria possível de duas maneiras, sendo desapropriada pelo Poder Público ou negociando com o proprietário. Só que fica complicado para o Governo e o Município pagarem a negociação com o proprietário, ali no Contorno Leste é tido como uma área nobre, eles pediriam de R$200 mil a R$300 mil por hectare”, disse o secretário em entrevista ao programa Entre Elas da Rádio Capital.
Segundo Marcrean, um novo levamento da área deve ser realizado pela Secretaria de Habitação e entregue à Prefeitura de Cuiabá até a próxima segunda-feira (18). O estudo tem como objetivo garantir amparo as famílias que ficaram desabrigadas após ação de reintegração de posse. O secretário não descarta a possível desapropriação de uma área alternativa para fins sociais.
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