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15/04/2024 às 09:22

Stopa cola em Emanuel, que articula para o vice em Brasília

Jardel P. Arruda

O fim da janela de transferência partidária para os candidatos à Câmara de Vereadores de Cuiabá deu início a uma nova etapa da pré-campanha à Prefeitura de Cuiabá, e o vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) voltou a colar a imagem com a do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), após terem passado por altos e baixos na relação. A estratégia tem como objetivo tentar vencer Lúdio Cabral (PT) na disputa interna de quem será o candidato da Federação Brasil da Esperança na Capital no pleito deste ano.

A aproximação tem direito a um Stopa puxando o coro de feliz aniversário e o tradicional cântico “derrama, Senhor, derrama, Senhor, derrama sobre ele o seu amor”, durante o lançamento do 2º Festival da Pimenta, no Mercado do Porto. A situação prosaica é a ponta do iceberg de articulações que acontecem em Cuiabá e em Brasília, lideradas tanto por Emanuel quanto pelo filho dele, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB).

Tudo começa com os Pinheiro vencendo a disputa interna no MDB e garantindo maior influência na Executiva Municipal. A chapa de vereadores é montada principalmente por pessoas do grupo de Emanuel, não de Janaína Riva (MDB), sua rival interna na sigla, que tentou o controle do partido e levaria para apoiar Eduardo Botelho (União), do grupo do governador Mauro Mendes (União).

Agora, o MDB abriga Luis Claudio, Marcrean, Paulo Henrique e Sargento Vidal, todos aliados de primeira hora do prefeito de Cuiabá e linha de frente na Câmara de Vereadores. 

Além disso, Emanuel Neto, o Emanuelzinho, articulou junto a Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, para conseguir o apoio da sigla em Cuiabá. Antes, o PDT estava sob o comando de aliados de Botelho, agora é uma “chapinha” com potencial para fazer um ou dois vereadores e que vai apoiar o projeto indicado do prefeito da Capital.

Poder de Aglutinar

Ao mesmo tempo, aliados de  Emanuel têm dialogado com a Federação PSDB-Cidadania. Somando PSDB-Cidadania, MDB e PDT, Emanuel quer usar a força desse arco de alianças, que estaria disposto a apoiar uma candidatura de José Roberto Stopa, para convencer a direção da Federação Brasil da Esperança em Brasília, de que o vice-prefeito é a melhor opção na Capital.

Caso Stopa não seja escolhida, esse mesmo grupo pode lançar uma 4ª via na capital, ao invés de apoiar a candidatura de Lúdio Cabral, que ficaria isolado com PT, PCdoB, PV, PSD  e talvez PSOL. 

Essa 4ª via seria encabeçada por Carlos Avallone (PSDB), que, caso não chegue ao segundo turno, daria liberdade para novas composições das lideranças dessas siglas na segunda etapa da eleição.
 
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