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14/04/2024 às 08:17

5 curiosidades do Brasil no mercado global

Leiagora


Neste domingo (14), é comemorado o Dia Mundial do Café. Não se sabe ao certo quem criou a data — a própria OIC (Organização Internacional do Café), à qual se atribui a comemoração, rebate que não foi ela. “Isso virou uma confusão no mercado”, afirma Vanusia Nogueira, diretora-geral da entidade, com sede em Londres. A OIC estabeleceu como Dia Internacional do Café, segundo a representante, o 1º de outubro, quando começa a safra nos países produtores. “Mas é mais uma celebração. Costumo dizer que o importante é celebrar o café.” 

Por isso, porque o importante é celebrar o café, a  Forbes Agro levantou cinco curiosidades sobre o mercado global do grão, após um mês recorde nas exportações brasileiras. Em março, os embarques atingiram 4,2 milhões de sacas (60 quilos), um aumento de 37,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. É o maior volume já registrado para o mês na série histórica do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Quais países lideram as compras do produto e que novidades permeiam as relações comerciais do Brasil? 

EUA seguem na liderança da importação de café brasileiro

Os Estados Unidos seguem na liderança das importações do café brasileiro. Em 2023, o país comprou 4,9 milhões de sacas do Brasil, volume que representa 16,2% do total exportado. No ano anterior, esse número tinha sido maior, com 7,9 milhões de sacas. A queda de 38% no volume embarcado se explica por dois anos consecutivos de produção menor (2021 e 2022) e entraves logísticos, com problemas no line-up do porto de Santos.

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, observa que a penetração da bebida nos lares americanos cresceu muito desde 2021, à monta de 7%, chegando atualmente a 65% das residências. “No mercado americano, hoje, o café é o rei absoluto”, observa ele, indicando que o nível de penetração das outras bebidas é menor, como chás (46%) e sucos (22%). Outra tendência nos EUA é o aumento do consumo de café gelado (cold brew), que hoje representa algo em torno de 25% da demanda. “O mundo está aquecendo, não? Está ficando mais quente e as pessoas estão migrando para o consumo de bebidas mais geladas.”

Segundo Matos, norte-americanos mais jovens estão cada vez mais interessados no cafezinho, embora a maior parte do consumo ainda esteja nas camadas mais velhas da população. No pós-pandemia, indica o representante, houve um reforço na demanda por cafeterias, conforme a necessidade de ressocialização que predominou mundialmente no período.

 
Forbes
 
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