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28/05/2024 às 18:48 | Atualizada: 29/05/2024 às 11:43

Defensoria de MT leva a Brasília caso de detenção arbitrária e violência sofrida por defensora

Da Redação - Gabriella Arantes / Da Reportagem Local - Vanessa Araujo

A defensora pública-geral Luziane Castro, disse que vai levar para Brasília o caso da defensora pública Gabriela Beck, que relata ter sofrido agressões físicas por parte de um policial militar quanto realizava atendimento em uma ação de desocupação de uma fazenda município de Novo Mundo, que ocorria sem determinação da Justiça. 

A ideia do órgão é uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça  (CNJ) e ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH). 

“Com relação aos órgãos nacionais, a gente teve hoje tratativas com várias pessoas. Através do nosso coordenador de direitos humanos Flávio Ferreira, nós conversamos com o próprio defensor público Federal Geral da União que também vai levar esse assunto lá para Brasília. Nós também defensores públicos gerais levaremos essa pauta”, afirmou durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (28). 

Conforme Luziane, o assunto também já foi tratado com o secretário de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, César Roveri, e com o secretário-chefe da Casa Civil Fabio Garcia. 
 
“O posicionamento do governo do Estado é que qualquer ação que haja excesso isso não é amparado por ninguém. [...] O próprio secretário de Segurança Pública me garantiu que tem muita segurança com relação a própria apuração dos órgãos de polícia e que certamente se houve excesso e isso sendo apurado será devidamente reprimido dentro da própria corporação”, disse. 

Ainda de acordo com a defensora, o boletim de ocorrência feito pelo militar não contém as informações corretas sobre o fato. 

“O boletim de ocorrência que foi lavrado pelo policial militar deturpa completamente as informações. Então isso vai ser devidamente apurado, inclusive na nossa representação a gente vai recorrer para que os fatos que foram narrados no boletim de ocorrência não condizem com a verdade”, informou. 

O caso

A defensora pública Gabriela Beck, que recebeu voz de prisão na segunda-feira (27).  A profissional relata ter sofrido agressões por parte de um policial militar que comandava a operação. Além disso, o celular da defensora foi apreendido na ação. 

“Ela estava conversando com as pessoas que tinham sido tiradas da ocupação irregular que foram desocupadas. E ela estava gravando e eles falaram que não eram e estavam recolhendo todos os celulares. Por isso que a gente falou que houve essa questão dos celulares. Por conta disso eles falaram que ela não poderia gravar e ela parou a gravação e guardou o celular. A hora da agressão foi o momento que tiraram o celular dela”, explicou Luziane Castro.
 
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