Conforme a manifestação do MP, a defesa insiste que Caçadini está acometido por algumas doenças, no entanto, por enquanto, segundo o órgão, só há a comprovação de uma das patologias.
“A única doença que se encontra documentalmente provada nos autos é um problema de joelho, que está a exigir uma intervenção cirúrgica, que, em momento algum, até o presente momento, foi negada ao requerente”, diz trecho da manifestação do MP.
A defesa de Caçadini alega que ele esteja sofrendo com um câncer de próstata, mas o MP afirma não ter recebido nenhum laudo médico comprovando o agravo até o momento.
“Não há, de outro lado, documento que comprove que se trata de pessoa com câncer de próstata e, ainda que fosse o caso, teria de ser analisado se essa condição seria, por si, fator a permitir a prisão domiciliar. Existe um sem número de presos se tratando de câncer de próstata no cárcere. Citou-se também isquemia miocárdica, sem, no entanto, trazer aos laudos médicos que atestem a incapacidade cardíaca do requerente. Fala-se muito na possibilidade dessa ou daquela doença, mas nada há de concreto que indique estar o requerente padecendo de doença grave ao ponto de ser extremamente débil sua saúde”, pontuou o MP.
Diante dos fatos, o Ministério Público se manifestou contrário ao pedido da defesa de que a prisão preventiva seja convertida em domiliciar, devido a supostos problemas de saúde que Caçadini estaria passando.
O advogado Roberto Zampieri foi assassinado a tiros em 5 dezembro do ano passado quando deixava seu escritório, localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. No mês passado, o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo foi indiciado como mandante do crime, em razão de uma disputa por uma terra milionária em Mato Grosso.
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