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31/10/2024 às 14:16

Drº João defende mesma chapa em caso de nova eleição da Mesa, e rechaça mudança para acomodar perdedores do pleito municipal

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

Em caso de nova eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Drº João (MDB), que foi eleito em agosto passado primeiro-secretário para o próximo biênio, defende que seja apresentada a mesma chapa. Para ele, mudança na composição da chapa que já foi chancelada pelo Parlamento Estadual devido ao resultado das eleições municipais, seria “trairagem”.
 
“Na minha concepção, eu falei com o deputado Max, e de nós apresentarmos a mesma chapa, acontecer o que aconteceu em Manaus, no Amazonas, colocaram a mesma chapa que foi vitoriosa. A nossa chapa foi eleita por unanimidade, tivemos o voto de todos os deputados da Assembleia. Então, não tem como em um mês mudar ou colocar nomes. Nós temos uma chapa muito bem formada, muito bem discutida, organizada, um consenso grande. Vamos colocar a chapa novamente, sem problema nenhum”, disse o emedebista nesta quinta-feira (31).
 
Questionado sobre a possibilidade de os deputados derrotados nas eleições municipais deste ano manifestarem interesse em ocupar algum cargo na Mesa Diretora a partir do próximo ano, Drº João condena e afirma que isso irá manchar a imagem da Assembleia.
 
“Se acontecer uma situação dessa é uma extrema trairagem. A imagem da Assembleia, na minha opinião vai ser arranhada, porque foi feita uma coisa de consenso pensando na Assembleia, não em quem ia ganhar ou perder a eleição municipal”, reforçou.
 
Vale lembrar, contudo, que a eleição da Mesa Diretora da Asembleia Legislativa ocorreu antes das eleições municipais e três parlamentares saíram derrotados do pleito. Trata-se do atual presidente Eduardo Botelho (União), e ainda de Lúdio Cabral (PT) e Tiago Silva (MDB).
 
“Eu e o Max estamos unidos nessa situação. Se outros quiserem sair, nós convidamos outros para entrar. Agora, causaria um incomodo muito ruim, iria gerar um conflito muito grande, irar pessoas para acomodar que estão desde o início para acomodar outra que perdeu a eleição”, completou o parlamentar.
 
A possibilidade de uma nova eleição para definir a Mesa Diretora que assumirá o comando do Legislativo de Mato Grosso a partir de fevereiro de 2025 tem movimentados bastidores do Legislativo de Mato Grosso desde o final da tarde de ontem (30). Isso, porque a Procuradoria Geral da República (PGR) ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade com medida cautelar solicitando a suspensão do pleito que foi realizado no início do mês de agosto.
 
Conforme procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, que é quem assina a peça, os deputados ignoraram o próprio Regimento Interno ao antecipar a data do pleito. Isso, porque a legislação interna do Parlamento Estadual determina que a eleição da Mesa Diretora para atuação no biênio subsequente deve acontecer na última sessão ordinária do mês de setembro.
 Porém, neste ano, em função do período eleitoral, a data foi antecipada para o dia 7 de agosto, quase dois meses antes do prazo estabelecido na norma interna.
 
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