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13/08/2025 às 18:59 | Atualizada: 13/08/2025 às 19:06

Vídeo | Edna Sampaio quer criar CPI para investigar incidência da violência contra mulheres em MT

Da Redação - Luíza Vieira / Da Reportagem Local - Helder Douglas

A deputada estadual Edna Sampaio (PT) tomou posse na Assembleia Legislativa (ALMT), nesta quarta-feira (13), ocasião em que anunciou que pretende propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a incidência de violência contra mulheres em Mato Grosso. A ex-vereadora, que foi cassada em Cuiabá, afirmou que sua passagem pelo parlamento estadual será marcada pela apresentação de projetos que defendam a população feminina.

Sampaio ocupa vaga de Valdir Barranco (PT), que se licenciou por tempo indeterminado. Em entrevista à imprensa, ela destacou suas prioridades em nova oportunidade como legisladora, após escândalo de “rachadinha” que culminou no seu mandato  cassado na Câmara de Cuiabá em 2023

“A principal pauta para o nosso mandato vai ser a defesa das mulheres. Nós vamos apresentar alguns projetos, como, por exemplo, de igualdade tributária, onde as mulheres possam ser contempladas. Nós vamos propor uma CPI para investigar a violência contra as mulheres aqui no estado do Mato Grosso”, contou Edna.

Ocorre que o Estado, conforme o Anuário de Segurança Pública, ocupa pelo segundo ano consecutivo o primeiro lugar entre as federações na taxa de feminicídio do país. A agora deputada não deu detalhes ou um recorte específico sobre o que investigará na propensa CPI, que deve contar com a assinatura de pelo menos oito parlamentares para ser aprovada na AL.

Ao ser questionada sobre a possibilidade de já não estar mais no cargo caso a CPI seja aceita ou esteja em andamento, a parlamentar afirmou que sua prioridade é de que o assunto seja melhor debatido, mesmo que ela própria não esteja presente.

“A CPI vai ser apresentada não para Edna conduzir a CPI, mas para que essa casa tenha oportunidade e toda a sociedade, todos aqueles que querem a defesa da vida das mulheres tenham a oportunidade de investigar, de debater, de discutir onde nós estamos falhando”, frisou.

De olho no retrovisor

Há aproximadamente um ano longe dos holofotes da imprensa cuiabana, após a cassação na Câmara, o discurso de Edna quanto ao episódio segue o mesmo. 

“Quando eu chego aqui (ALMT) eu tenho a oportunidade de mostrar à população mato-grossense que eu sou mais uma vítima dessa violência absurda que impede as mulheres de se desenvolverem e exercerem com plenitude a sua cidadania”.

Sampaio foi acusada de apropriação indébita da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, que estava grávida na época e, inclusive, foi demitida do cargo nessa condição. 

Inelegível

Apesar de cassada em 2023 e com os direitos políticos suspensos em virtude da cassação, Edna assume cargo por ter sido candidata a deputa estadual nas eleições de 2022, ou seja, antes da cassação na Câmara. Por isso, manteve-se como suplente do Partido dos Trabalhadores (PT) e pode assumir a cadeira.

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