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07/09/2025 às 19:45 | Atualizada: 08/09/2025 às 07:32

Manifestação reúne 4 mil pessoas em Cuiabá contra Lula e Moraes e em prol da anistia

Da Redação - Leticia Avalos / Da Reportagem Local - Helder Douglas

Neste Dia da Independência (7), cerca de 4 mil pessoas, entre lideranças da direita mato-grossense e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), se reuniram na Praça 8 de Abril, em Cuiabá, para protestar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ato integrou o movimento “Reaja Brasil”, convocado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL).

O evento começou às 16h e ocorreu em várias cidades do país. Em vídeo publicado nas redes sociais, o filho mais velho de Bolsonaro afirmou: “Será a última manifestação, antes da farsa que o Alexandre de Moraes armou, para condenar o meu pai [...] a 40 anos de prisão, mesmo sem ter feito absolutamente nada”.

Os participantes também pediram anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro. O prefeito Abilio Brunini (PL) defendeu a medida, incluindo o próprio Bolsonaro, que responde a processo no STF.

“Nós queremos que haja justiça, que essas pessoas possam voltar para suas famílias e que lembrem do momento tenebroso que o Brasil está passando, onde a ditadura tem se instalado e a liberdade tem sido censurada”, disse, acrescentando que não considera os atos uma tentativa de golpe de Estado.

Corroborando com a perspectiva do prefeito, o vereador por Cuiabá Rafael Ranalli (PL) declarou que o protesto representa a rejeição dos cuiabanos à “ditadura do Judiciário”. “Nossa cidade votou em mais de 60% na direita, ou no Bolsonaro, nas últimas eleições”, ressaltou.

Também vereador da Capital, o tenente-coronel Dias (Cidadania) afirmou que a população está indignada com as condenações do 8 de Janeiro, consideradas por ele como desproporcionais. “Tivemos pessoas apenadas em quatro, 17 anos, mais do que traficantes ou estupradores. É preciso irmos às ruas para manifestar nosso direito”, disse.

O produtor rural e ex-presidente da Aprosoja, Antônio Galvan (CD), negou que direitistas tenham promovido vandalismo, sinalizando que acredita que os crimes contra o patrimônio nacional tenham sido praticados por infiltrados. “Em todos os manifestos que participamos até hoje, nunca houve vandalismo feito por nós”, declarou.

Por outro lado, o deputado federal Coronel Assis (União) admitiu a gravidade dos atos de vandalismo, mas criticou a desproporcionalidade das penas. “Ninguém é a favor de quebra-quebra, mas as condenações não foram razoáveis. Eu sou pró-anistia”, disse.

O líder do prefeito na Câmara, Dilemário Alencar (União), classificou a anistia ampla e irrestrita como uma questão de “justiça”. O presidente do PL-MT, Ananias Filho, afirmou que o ato simboliza “mais um grito de independência e liberdade”.

O deputado estadual Elizeu Nascimento (União) não poupou críticas diretas a Alexandre de Moraes e a Lula, chegando a chamar o presidente de “ladrão” que teria sido anistiado no passado. “O brasileiro não aguenta mais essa ditadura implantada pelo STF, em especial pelo Alexandre de Moraes [...]. Nós já tivemos anistias até piores: um ladrão descontenado que é presidente da República hoje. É uma vergonha essa esquerda”, disparou.
 
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