04/09/2018 às 18:53
Redação Leiagora
O Secretário de Estado de Gabinete de Governo de Mato Grosso, Domingos Sávio, defendeu, em entrevista coletiva realizada no Palácio Paiaguás nesta terça-feira (4), que não há irregularidades na Caravana da Transformação, e vê "com naturalidade" os questionamentos do Ministério Público Estadual. Já o secretário de Estado de Assuntos Estratégicos, José Arlindo, afirmou que o governo não sabe o que motivou a deflagração da Operação Catarata.
A operação está investigando irregularidades no pagamento da empresa contratada para realizar as cirurgias de catarata na Caravana da Transformação. A suspeita é que a empresa tenha recebido por procedimentos que não foram executados. José Arlindo disse que o Ministério Público não informou os motivos da investigação, mas que há 15 dias uma integrante do Conselho Estadual de Saúde fez a denúncia. Já Sávio lembrou que o trabalho do Ministério Público é fazer as investigações e que o governo "está tranquilo" quanto à legalidade das ações realizadas durante as Caravanas.
A Caravana da Transformação é um programa da gestão Pedro Taques, que percorreu os municípios de Mato Grosso realizando consultas, exames e cirurgias de catarata na população. O secretário Domingos Sávio alega que todos os documentos, que já estão em posse do Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco), foram auditados tanto pela Secretaria de Estado de Saúde quanto pela equipe do secretário José Arlindo, responsável pela Caravana. Além disso, ele garantiu que a empresa não foi paga antecipadamente, lembrando que ainda falta fazer um repasse final para a mesma.
Durante a entrevista, foi reforçado que a empresa foi contratada de forma legal. Além disso, também foi esclarecido que houve uma triagem para os pacientes, que contou com o trabalho dos agentes de saúde dos municípios visitados pela Caravana. Quando questionado sobre a relação entre o momento de deflagração da operação e a campanha eleitoral (Taques busca a reeleição), Sávio afirmou: "Não vou fazer esse julgamento, não compete a mim fazer isso. Vai aí, a sociedade que vai saber julgar isso?.
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Direto da Redação, Bárbara Muller.