Imprimir

Imprimir Notícia

17/12/2018 às 15:00

Fome, templo budista e encontros inusitados: acompanhe as aventuras de Pã Marangoni na Tailândia

Maisa Martinelli

O Portal Leiagora continua acompanhando a sul-mato-grossense Pãmella Marangoni, que viaja o mundo de bicicleta. Nossa aventureira favorita continua na Tailândia, e a palavra-chave para o resumo da semana é....fome!  ?Apertem o play no capítulo de hoje que essa cara feia só pode ter um motivo: Fome!?, brinca Pã, como é carinhosamente conhecida. Mas não foi só isso. Marangoni nos relata muitas novidades, curiosidades e imagens mega interessantes que vão te inspirar.

Pã conta que assim que saiu do hospital onde ficou hospedada, tomou um café para recarregar as energias e começou a pedalar ? a meta era 65 km. ?Hoje pedalei em uma estrada muito gostosa com bastante sombra no período da manhã, mas por estar atravessando um parque nacional, a umidade era um pouco alta, então aproveitei a tranquilidade para pedalar só de top e, consequentemente, testar o respeito masculino. Tudo ok até agora! Que alegria. Fiquei super à vontade?, conta ela.

Primeira parada: comprar bananas

Depois de algum tempo pedalando, Pãmella resolveu comprar frutas. ?Parei para comprar bananas, e pela primeira vez me deixaram pagar, mas meio minuto depois o rapaz voltou com uma garrafa de água e a velha frase: welcome to Thailand!?.

?Alguns quilômetros depois, estava parada comendo as bananas e encostou uma moça com 3 crianças indo para a escola. A única coisa que eu entendi é que ela estava surpresa de eu estar sozinha, e logo seguiu?, completa.

Às 14h, a viajante já tinha percorrido os quilômetros programados, porém as bananas tinham sido a sua única refeição até aquele momento. ?No caminho só paradas de café e sorvete. O que aconteceu com todas aquelas feirinhas de rua?? Cadê o espetinho de couro do frango? Arroz de pacotinho? Você está aí??, lamenta.

Fome, muita fome

Tantas horas sem comer e com a barriga vazia, Pã só conseguia pensar em uma coisa: comida. "Fiquei imaginando mil coisas que poderia comer e, enquanto o corpo enfraquecido pedia socorro, a mente dizia: picanha com mandioca...É, a mente da gente é a pior inimiga quando não alimentada devidamente. Criei expectativas e passei horas sem ver uma portinha de restaurante, quem dirá churrascaria. Óh, saudade de casa!?

Comida....finalmente!

Entre um lugar e outro, na busca incessante de achar comida, Pã parou para fotografar um Buda meditando e surgiu um coreano, que também estava viajando de bicicleta. ?Ele também não falava inglês, então tivemos uma comunicação na mímica e até que deu certo?, diz.

 

E o propósito de encontrar algo para comer continuava. "Seguimos juntos por 10km e quando ele parou para buscar hotel, eu segui procurando restaurante até que consegui um bom prato de arroz com ovo?, comemora.

De barriga cheia, Pã aproveitou a chuva forte que caía para repousar um pouco. ?Pude descansar uns 15 minutos, para seguir por mais 37km de sobe e desce?, conta.

Dormindo no templo budista

Quando já estava escurecendo, Pãmella resolveu procurar um cantinho para passar a noite. ?Já estava anoitecendo quando encontrei um templo budista e resolvi fazer aquela carinha de gatinho do Shrek e pedir pelo amor de Deus pra deixar eu dormir e tomar um banho. Para minha sorte, os monges já estão acostumados a receber cicloviajantes como eu e não foi preciso nem explicação?, conta ela. ?Fiz o sinal de dormir e banho utilizando minhas técnicas já aprimoradas de mímica, e pronto!?, comemora.

Embora o local não tivesse um banheiro convencional como estamos acostumados aqui no Brasil, ela pôde recuperar suas energias. ?Me levaram para meu colega de quarto, o Buda dourado, e depois me apresentaram o banheiro, que, como sempre, não tem chuveiro, mas uma ducha higiênica e um baldinho. Era tudo que eu precisava! Tirar aquela roupa fedida e molhada, tomar um bom banho e recuperar minha dignidade que deixei nessas estradas hoje?, conta, aliviada.

Ao voltar para o quarto, uma agradável surpresa: ?Garrafas de água, ventilador, várias guloseimas, leite de soja e pão doce.? Agora sim, o dia estava se encerrando com chave de ouro.

Próxima aventura

Banho tomado, comidinhas e uma boa noite de sono. Agora Pã já se prepara para a nova aventura: ?Pronto! Amanhã é um novo dia e eu pretendo chegar nessa ilha de Koh Phi Ph?, planeja. ?Faltam apenas 59 km, mas preciso chegar até às 14h para pegar o último barco. Torçam aí.?

O Leiagora, como sempre, estará na cola da Pãmella. Então fique ligado nos próximos resumos para não perder nenhuma novidade das aventuras de Pã.

 

Direto da Redação, Maisa Martinelli

 
 
 Imprimir