11/03/2019 às 20:57 | Atualizada: 19/03/2019 às 03:41
Fernanda Leite e Iury Lupaudi
O deputado federal José Medeiros (Pode), em uma entrevista dividida em duas partes ao portal Leiagora/LTV, abordou assuntos ligados à criação da CPI das Terras Indígenas, segurança pública de Mato Grosso, BR -163, Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações (FEX), Reforma da Previdência, o fim do exame da Ordem dos Advogados do Brasil e seu posicionamento sobre as últimas polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro.
O deputado propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a demarcação da reserva indígena Marãiwatsédé/Suiá Missú, na cidade de Alto Boa Vista, em Mato Grosso.
Medeiros desconfia que os laudos antropológicos que embasaram a retirada das 8 mil famílias de pequenos produtores rurais para transformar em terra indígena podem ter sido fraudadas.
A retirada das famílias do local, conforme Medeiros, foi tratada de maneira ideológica pela Funai.
"O Brasil tem um problema de segurança jurídica e isso desestrutura o país. As pessoas estavam lá com suas escrituras e daí vem um decreto baseado em um laudo e diz que ali é uma terra indígena. Esse resultado teve 20 suicídios de pessoas que perderam tudo. Queremos que isso não se repita", disse.
Quanto à segurança pública do estado, Medeiros pediu mais atenção nas fronteiras ao ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. "Disse para ele que aqui as polícias apreendem toneladas de drogas e não porções. E isso evitaria até mesmo a ida de drogas para o Rio de Janeiro e evitaria várias desgraças", conta.
Sobre a BR- 163, o deputado comentou sobre a reunião com o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura. "Só 20% das BRs em Mato Grosso são pavimentadas. E ele já anunciou que, no ano que vem, toda a BR ? 163 será pavimentada até o Pará", conta.
Quanto ao repasse do Fex, o parlamentar disse que está buscando juntamente aos demais parlamentares, regularizar os repasses. ?A nossa briga é regularizar esses pagamentos. Mato Grosso já perdeu muito com a Lei Kandir, e queremos também compensação por isso", conta.
Quanto ao Exame da Ordem, ele reafirma que o poder de qualificação do profissional compete às instituições de ensino superior, como consta na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e não a uma entidade, mesmo sendo uma instituição máxima de representação dos advogados brasileiros e responsável pela regulamentação da advocacia no Brasil.