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15/03/2019 às 12:07 | Atualizada: 15/03/2019 às 12:15

'Minha intenção era denunciar uma tentativa de extorsão', diz Selma sobre áudio vazado

Luana Valentim

A senadora Selma Arruda (PSL), explicou nesta sexta-feira (15), sobre o áudio que vazou à imprensa entre ela e o seu ex-marqueteiro, Kleber Lima, que prova a tentativa de extorsão do publicitário e dono da empresa Gênius Publicidade, Junior Brasa.
 
No áudio, Kleber Lima, revela que foi procurado pelo deputado estadual, Wilson Santos (PSDB), para negociar um acordo entre a senadora e Junior Brasa. 
 
A declaração foi dada em um grupo de WhatsApp, onde Selma disse que a única intenção que teve, foi de denunciar uma das tentativas de extorsão em que foi vítima na ocasião.
 
“Infelizmente tanto Kleber quanto Wilson Santos me chamaram de mentirosa, ao afirmarem que não presenciaram e nem participaram de nenhuma conversa a respeito.  Para provar que estava falando a verdade, encaminhei o áudio que ele mesmo, Kleber, me mandou”, declarou.
 
A senadora destacou que, o que caracteriza a extorsão no caso, é que a cobrança foi feita às vésperas da audiência na ação eleitoral, em que Brasa era testemunha chave.
 
Ainda relatou que o próprio Kleber fez referências ao comentário de que estaria sendo procurado pelos advogados dos adversários de Selma e que ele afirmou que não deviam todo o valor que estava sendo cobrado, mesmo que perdessem a ação.
 
“Ora, uma testemunha que lhe procura dias antes da audiência cobrando valor muito maior que o devido para fazer "acordo", está ou não está te pressionando? ”, questionou.
 
Ao final, Selma esclareceu para quem acredita na dívida que o Brasa diz que ela tem com ele, que o documento que o publicitário chama de prova, é um e-mail com uma minuta de contrato, sem a sua assinatura e nem a dele, que se refere ao ano de 2014, não 2018, sendo o PSL o contratante e não ela.
 
“É sobre esse papel ridículo, com o qual nunca anuí, que ele se firma para dizer que é credor de mais de R$ 1 milhão”, frisou.
 
Essa cobrança é referente aos trabalhos de publicidade feitos pela empresa de Brasa à senadora, ainda na pré-campanha. Conforme o publicitário, Selma ficou devendo R$ 1 milhão a ele.
 
Essa dívida resultou em diversas ações contra a senadora, pois ela teria efetuado o pagamento em três cheques de R$ 750 mil cada. Acontece que Selma teria recebido dinheiro do seu primeiro suplente, Gilberto Possamai, o que ela alega não ser crime.
 
Porém, o ex-vice-governador Carlos Favaro (PSD) e o advogado Sebastião Rezende (Rede) não entenderam desta forma. Eles entraram com ações contra Selma alegando que ela cometeu crime de caixa 2, abuso de poder político e econômico.
 
Esse imbróglio jurídico vem desde a campanha de Selma que, mesmo assim, foi a mais votada em Mato Grosso e eleita ao Senado. Desde então, há diversas especulações sobre a possibilidade de uma cassação. Até surgiram pretensos candidatos à vaga em caso de uma nova eleição.
 
 
 
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