Imprimir

Imprimir Notícia

15/03/2019 às 12:45 | Atualizada: 03/04/2019 às 16:38

Filantrópicos não garantem vagas para pacientes da Santa Casa

Josiane Dalmagro

Após o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, afirmar que irá transferir todos os pacientes da Santa para os hospitais filantrópicos da cidade para resolver paliativamente a situação dos pacientes que estão sem atendimento na unidade, outro problema apareceu: a falta de vagas.
 

De acordo com Pinheiro, a Santa Casa atende atualmente 611 pacientes adultos em tratamento oncológico, 132 em radioterapia, 479 em quimioterapia adulto e 21 crianças em tratamento oncológico.  

 

“Olhem a realidade, 426 são do interior. 70% do interior e 30% de Cuiabá. Vamos injetar R$ 10 milhões na Santa Casa. O Estado dá R$ 7 milhões e Cuiabá R$ 3 milhões. Eu não vou fechar as portas, mas quem está ‘segurando’ a saúde é Cuiabá”, apontou.

 

O diretor do Hospital de Câncer de Cuiabá disse, no começo da manhã desta sexta-feira, que o HCan não teria capacidade para acolher esses pacientes, já que o local possui 22 leitos, atualmente ocupados por 22 crianças e que uma possível solução seria realizar remanejamentos para receber crianças com quadro de saúde mais grave.

 

Apesar dessa afirmação, em nota oficial sobre o assunto,  foi dito que o hospital está sensibilizado com a situação dos pacientes oncológicos até então atendidos pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, aberto à negociação e aguardando o contato da Prefeitura. “O Hospital tem o objetivo de atender as demandas, mas com alguns condicionantes a fim de garantir que os pacientes acolhidos tenham o atendimento de qualidade pelo qual prezamos”, diz ainda a nota.

 

O diretor do Hospital Santa Helena, Marcelo Sandrin, se colocou à disposição, mas pontuou que sua unidade não tem oncologia.
 

“Estamos à disposição para receber os pacientes encaminhados pela Central de Regulação, porém a maioria dos pacientes são de oncologia, especialidade que não temos aqui no Santa Helena”, disse, afirmando ainda que a decisão de Pinheiro é uma solução, até que a situação na Santa Casa seja regularizada.

 
 
 Imprimir