Imprimir

Imprimir Notícia

18/03/2019 às 23:43 | Atualizada: 19/03/2019 às 00:33

Hábitos Cuiabanos – Café da Manhã

Bárbara Fontes

O senhor Aly Renjee Nunes de Siqueira era cuiabano de tchapa e cruz, isto é, nasceu e morreu em Cuiabá e tinha um hábito cotidiano de refeição matutina: às seis da manhã, tomava o guaraná ralado em pó. Depois das sete horas da manhã, comia o quebra-torto (ou revirado) – as sobras da janta – ou comia pão com ovo (ou com manteiga) e café com leite. Essas são as memórias de sua filha, Aline Wendpap, Doutora em Estudos de Cultura Contemporânea:

“Quando era jovem, ele mesmo ralava o bastão de guaraná numa grossa. Depois, teve de se acostumar com o guaraná em pó porque era mais fácil de comprar. Ele tomava com bastante água e açúcar e ele ia dando bicadas ao longo do dia porque se tomar tudo de uma vez dava palpitações”.

Hoje, os cuiabanos e os ‘pau-rodados’ (os que vieram de fora) preferem comprar o guaraná em pó, vendido nos supermercados, porém, antigamente, o guaraná era comprado em bulixos (mercadinho que vendia de tudo) em forma de bastão e com uma grossa era ralado pouco antes de ser tomado com água. O guaraná ralado é uma bebida quase religiosa, que faz seu uso constante não consegue ficar sem. Ele é um energético natural e segundo os mais antigos, também tem poder afrodisíaco. É necessário tomar o guaraná com cuidado, se exagerar poder sofrer aceleração dos batimentos cardíacos.
 

Veja todo o editorial em homenagem aos 300 anos de Cuiabá:  300 Cuiabá
 
 Imprimir