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21/03/2019 às 10:20 | Atualizada: 21/03/2019 às 11:35

Temer e ex-ministro são presos pela PF na Operação Lava Jato

Luana Valentim

O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), foi preso na manhã desta quinta-feira (21), pela Polícia Federal em uma força-tarefa da Operação Lava Jato. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas.

A prisão de Temer tem como base a delação de Lúcio Funaro da empreitera Engevix. O ex-presidente está em São Paulo está sendo  levado para a capital fluminense por uma aeronave da PF.

Os agentes prenderam também o ex-ministro de sua gestão (Minas e Energia) e ex-governador do RJ, Moreira Franco.​ O ex-ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) também é alvo da operação, mas ainda não foi detido.

Há ainda suspeitas de que o ex-presidente tenha liderado uma organização criminosa que atua há 40 anos em lavagem de dinheiro.

Temer perdeu a prerrogativa de foro junto ao Supremo Tribunal Federal, após ficar sem mandato neste ano. Com isso, as denúncias contra o emedebista foram enviadas à 1ª instância da Justiça Federal.

Em dezembro de 2017, o ex-presidente foi denunciado pela procuradora-geral, Raquel Dodge, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação ocorreu após as investigações abertas no mesmo ano, resultado da delação da JBS, sobre supostas irregularidades na edição do Decreto dos Portos, assinado por ele em maio.

O ministro Luís Roberto Barroso atendeu, recentemente, ao pedido da procuradoria e determinou a abertura de cinco novas investigações sobre o emedebista, que tramitarão na 1ª instância.

 

Delação

No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.
Com Estadão Conteúdo, Renato Onofre e Julia Affonso

 
 
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