08/04/2019 às 15:50 | Atualizada: 08/04/2019 às 18:34
Billy Espíndola apresenta, com exclusividade, clipe bombástico para os 300 anos de Cuiabá - vídeo
Iury Lupaudi /Josiane Dalmagro / Maisa Martinelli
O LTV recebeu o cantor e compositor Billy Espíndola, para falar de cultura cuiabana e pontuar críticas ferrenhas acerca da política municipal.
Criador da guitarra de cocho – inspirada na tradicional viola de cocho, instrumento típico de Cuiabá – o artista conta que essa ideia surgiu como uma forma de unir o som que gostava com a tradição mato-grossense. “A guitarra de cocho surgiu de uma vontade de inserir no nosso som um elemento tipicamente regional, cuiabano”, explica ele, lembrando que estreou o feito quando tocou na Copa do Mundo de 2014.
Segundo ele, a novidade foi bem aceita pelos cuiabanos. “A galera enxergou isso como um próximo passo da evolução da cultura; a viola deu um passo e se transformou na guitarra de cocho, ampliou a sonoridade, deixou de ser um instrumento tipicamente rítmico e passou a ser um instrumento mais harmônico e mais melódico”, comemora Billy, que teve que fazer algumas adaptações pra finalizar o instrumento da maneira que almejava.
Espíndola conta que, quando mais jovem, tinha vontade de fazer faculdade de Música, porém o curso oferecido em Cuiabá não atendia as suas expectativas. Foi então que resolveu criar o Espaço Toma. “Montei esse espaço e comecei a chamar a galera de banda pra gente começar a ‘borbulhar’ as ideias lá, e para minha surpresa, ‘colou’ muita gente. Começamos a fazer vários eventos, várias bandas começaram a surgir lá, e sempre voltada para a música autoral”, diz.
Questionado sobre a atual gestão do município – que está prestes a completar 300 anos – Billy considera que não vê mudanças até o momento. ‘É o clássico brasileiro, é o mais do mesmo, que ninguém aguenta mais. [...] Ele (Emanuel Pinheiro) é o grande representante da velha política – que a gente pode chamar de lobo velho. Não me representa, com certeza também não representa a classe artística”, argumenta o compositor.
O artista produziu um clipe tecendo críticas ao governo municipal, onde deixou transparecer seu ponto de vista sobre o assunto. “Tentei ser o mais claro e objetivo, pra não deixar nenhuma sombra de dúvidas sobre o que eu penso”, alega.
A produção teve cerca de 15 pessoas envolvidas diretamente. Uma delas foi o ator André D’Lucca, conhecido pelo personagem Almerinda. “Quando terminei de escrever o roteiro, primeira pessoa que me veio à cabeça foi ele. [...] Aí fui à casa dele, mostrei toda a ideia, mostrei a música, e o convidei a participar do clipe e atuar”, conta ele, ressaltando que o ator topou na hora. No entanto, pouco antes do início das gravações, D’Lucca adoeceu e pediu que Billy fizesse o papel dele no clipe. Um dia antes das gravações, ele foi internado. Espíndola conta que isso foi um fator determinante para encorajá-lo mais ainda a fazer um bom trabalho, e que todos os membros da equipe se mobilizaram.
Ficou curioso? Então acompanhe a entrevista completa e assista, em primeira mão, o tão esperado clipe.
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