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11/04/2019 às 17:28 | Atualizada: 12/04/2019 às 10:10

Fávaro quer disputar Senado e critica gasto 'exorbitante' com campanha

Luana Valentim e Fernanda Leite

O ex-vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), declarou nesta quinta-feira (11), em coletiva de imprensa, que é pretenso candidato ao Senado, após a senadora Selma Arruda (PSL) ter sido cassada, por unanimidade, nessa quarta-feira (10), pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Fávaro é autor da Ação de Investigação Judicial Eleitoral onde acusa Selma de ter cometido crimes de caixa 2, abuso de poder político e econômico, o que resultou na cassação.

Apesar de declarar  pretensão de entrar na disputa, ele criticou o alto gasto com uma nova campanha eleitoral. 

O relator do caso, desembargador Pedro Sakamoto, chegou a sugerir que, até que haja uma nova eleição, Fávaro venha a ocupar a vaga como senador ‘tampão’, mas a proposta foi rejeitada pelos demais magistrados.

“Fiquei muito feliz com a decisão da Justiça que foi feita com a cassação pelos ilícitos que foram praticados em 2018. O doutor Sakamoto teve uma atitude constitucional, pois percebeu que os demais membros estavam voltados para a questão eleitoral, então aceito a decisão com tranquilidade”, afirmou.

Fávaro explicou que Mato Grosso, assim como os demais estados, não pode ficar sem um senador, conforme prevê a Constituição Federal. Destacando que Sakamoto analisou que o Estado perde muito com a vacância no Senado.

O social democrata analisou que a atitude de Selma queimou a corrida eleitoral ao cometer os crimes, sendo desleal com os demais candidatos, mas que a Justiça foi feita.

“A decisão jurídica, os advogados vão tomar. Estou muito feliz com a decisão da cassação que corrigiu em parte os efeitos causados na eleição de 2018, não todos”, avaliou

Fávaro destacou que, quando Selma praticou caixa 2, deve-se considerar que os outros 10 candidatos tiveram gastos com a campanha e parte disso é dinheiro público do Fundo Eleitoral Especial que foi investido. Mas resaltou que não serviu para eleger um deles, já que tinha uma concorrente desleal.

Avaliando que os demais candidatos deveriam ser indenizados, pois, caso haja uma nova eleição, será gasto novamente o dinheiro público para financiar a campanha.

“O presidente da República cortou um evento do Ministério do Turismo que custaria R$ 295 mil e teria 50 países, mas por austeridade ele cortou o evento. Agora podemos gastar R$ 20 milhões só pelo TRE para fazer novas eleições? Mais R$ 3 milhões para cada candidato, se tiver 10 candidatos serão mais R$ 30 milhões? Ou seja, R$ 50 milhões para uma nova eleição?", questionou.
 


 
 
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