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11/04/2019 às 19:52 | Atualizada: 12/04/2019 às 08:58

"Todo mundo tem o seu bandidinho querido”, disse analista político

Luana Valentim

O analista político, João Edisom, avaliou ao Leiagora, nesta quinta-feira (11), como oportunismo o fato de o deputado federal Nelson Barbudo (PSL) querer disputar o Senado, após a senadora Selma Arruda (PSL) ter sido cassada. Ainda completou que, concorrer agora, seria uma desonestidade com os demais candidatos.
 
“Ele não deve saber nem o endereço direito em Brasília e já está querendo mudar de casa, ou seja, querendo trocar de oito para quatro anos e ambos os casos são no Congresso. Então seria um disparate. Não somente ele, mas qualquer um que foi eleito neste último pleito, é uma ausência de caráter contra o eleitor que votou nele”, frisou.
 
O analista avaliou que a oportunidade é para as pessoas que não possuem cargo, inclusive, a própria democracia exige isso. Acreditando que a sociedade também não aceitaria.
 
Para João Edisom, é um disparate os políticos eleitos quererem abdicar dos seus cargos para disputarem esta eleição, pois fazem apenas 100 dias que assumiram o mandato.
 
Questionado se acredita que Selma ainda tenha alguma credibilidade após ser cassada, o analista disse que os brasileiros têm a cultura de ‘adotar’ o seu ‘bandido favorito’. Apesar de ter várias pessoas contra ela, há os eleitores que a defendem.
 
“Aquele mesmo comportamento que o pessoal tem em relação ao Lula, tem em relação ao Bolsonaro e a ela, Mauro Mendes e a Pedro Taques. Todo mundo tem o seu bandidinho querido”, disparou.
 
Novas eleições
 
João Edisom informou que, somente com as eleições, gasta-se entre R$ 20 e R$ 30 milhões, fora os R$ 3 milhões que serão repassados a cada candidato.
 
“Temos que ter duas leituras, uma é que os juízes que votaram não tinham em mãos leis que dissessem que poderia subir o candidato que ficou em 3º ou 4º lugar, então isso é um fato e ninguém pode ser condenado por isso. O fato é que o TSE precisa ter um entendimento que o Brasil não pode gastar mais”, afirmou.
 
O analista pontuou que essa nova eleição deveria ser 100% financiada por quem fraudou a eleição anterior e não pelo povo novamente, ou seja, Selma é quem deveria custear os gastos de campanha como punição por ter cometido os crimes, acreditando que os oito anos de inelegibilidade é muito pouco em um caso como esse.
 
Ressaltando que usar do dinheiro público é responsabilizar a população por um erro cometido pela senadora. Sendo estas eleições extemporâneas um disparate sem tamanho, pois causam grandes gastos ao país e trazem pouquíssimos benefícios à população.
 
“No ano passado, em Tocantins, tivemos uma eleição extemporânea, mas 70% da população não foi votar. E acha que aqui em Mato Grosso a população vai votar para senador? É muito difícil”, disse.
 
 
 
 
 
 
 
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