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12/04/2019 às 10:36 | Atualizada: 12/04/2019 às 15:04

‘A prefeitura quer acabar com a Santa Casa; não vou entregar meu cargo’, diz presidente

Fernanda Leite

Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, Carlos Coutinho, disse ao Leiagora que foi ‘coagido’ pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a ‘abandonar’ o cargo. O motivo, segundo ele, seria porque a prefeitura tem interesses em assumir a gestão do hospital.

“Não vou entregar meu cargo para a prefeitura. Eles querem deixar a Santa Casa igual a bagunça do Pronto-Socorro, que não tem nem insumos. Não vou entregar a ovelha na boca do lobo”, criticou.

Nessa quinta-feira (11) o prefeito alegou que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que seria firmado entre a unidade de saúde, município e Ministério Público Estadual (MPE), não ocorreu porque o MP pediu a troca da direção da Santa Casa.  O TAC possibilitaria injetar o valor de R$ 7 milhões na instituição filantrópica. R$ 3,5 milhões são da prefeitura e outros R$ 3,45 milhões são da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

“Foi eu quem chamou o Ministério Público para fazer auditoria, um encontro de contas e olhar os números, mas a prefeitura não tem coragem de deixar os números claros”, pontuou.

Ele acusou o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia (preso suspeito de praticar corrupção dentro do sistema de saúde em Mato Grosso), de ser o responsável pelo caos na Santa Casa. 

“Foi proposital. Eles querem pegar a administração a qualquer custo, mas aqui a direção é imposta pelos mais de 50 sócios. Eu era vice da administração passada, porém não participava ativamente de nada”, conta.
 
Reunião

Na manhã dessa sexta, membros sócios do hospital fazem uma reunião para definir o futuro da instituição.
 
 Outro lado
 
Por meio da assessoria, o prefeito Emanuel negou as acusações. Na semana que vem, o chefe do Executivo irá reunir à imprensa para falar sobre a Santa Casa. 
 
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