Imprimir

Imprimir Notícia

22/04/2019 às 15:01

Dólar opera sem direção definida de olho em exterior e Previdência

Leiagora

O dólar comercial opera sem direção definida desde a abertura dos negócios em sessão de liquidez reduzida em decorrência do feriado de Páscoa em importantes mercados internacionais. No mercado à vista, o viés é de queda abrindo a semana que promete ser importante para avaliar os avanços da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Às 9h53 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,15% no mercado à vista, cotada a R$ 3,9260 para venda, enquanto o contrato futuro para maio operava em alta de 0,16%, a R$ 3,9270. Lá fora, o Dollar Index operava com leve queda de 0,05%, aos 97,329 pontos. Entre as moedas de países emergentes, o movimento era misto.

Aqui, após o feriado, o foco do mercado volta à Previdência, que deverá voltar a ser discutida amanhã na CCJC, na Câmara dos Deputados. "As atenções se voltam à tentativa de [partidos do] Centrão de mostrar poder e de como o governo pode lidar com a insatisfação de sua base.

A ciumeira generalizada pela ausência de distribuição de cargos, pela falta de comprometimento com a agenda liberal e com o pragmatismo dos militares estão entre os fatores a serem lidados com o governo", comenta o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira.

Para os analistas da H.Commcor, assunto que deverá "mexer com os ânimos" do mercado uma vez que os investidores já esperam pela "iminente" retirada de alguns pontos do texto. "Pode-se dizer que o Centrão tem conseguido algumas vitórias, sendo natural a expectativa por alguma redução na resistência à PEC [Proposta de Emenda Constitucional] em questão", ressaltam.

No exterior, sem a presença de mercados da Europa, de Hong Kong e da Austrália, o destaque é a alta de mais de 2% do preço do petróleo WTI, com o contrato futuro para maio acima de US$ 65 o barril, enquanto o preço do Brent para junho era cotado ao redor de US$ 74 o barril (+2,5%) o barril.

O preço da commodity dispara após os Estados Unidos anunciarem que vão retirar, a partir do dia 2 de maio, a isenção dada a oito países na compra do petróleo do Irã. "Com essa potencial medida, as exportações do Irã tendem a despencar, alimentando o viés de alta da commodity e trazendo potenciais implicações globais, desde forças inflacionárias até riscos locais para a Petrobrás em sua política de preços", comenta a equipe econômica da H.Commcor.

Com informações da Agência CMA. 

 
Direto de Porto Alegre, Agência Safras
 
 Imprimir