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22/04/2019 às 16:19 | Atualizada: 22/04/2019 às 16:44

Ministro da Saúde garante ajudar Santa Casa e pede ‘estudo’ do problema

Fernanda Leite

O ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que está em Cuiabá, comentou sobre a ‘polêmica’ envolvendo o fechamento da Santa Casa de Misericórdia. Ele disse que a União está disposta a ajudar, porém, até o momento não houve demonstração de valores e onde está o problema do caos na entidade filantrópica.

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“Precisamos saber do impacto, planejamento. Onde vamos chegar com o investimento do dinheiro público. O Ministério da Saúde quer ajudar. É importante deixar claro a responsabilidade dos gestores que criaram essa situação, a responsabilidade dos gestores filantrópicos. Outra parte é a assistência à população. Se a gente conseguir que a sociedade entenda porque as coisas chegaram no ponto que chegaram, aí todos nós vamos ser atores do nosso tempo e enfrentar esse problema”, disse Mandetta.

O ministro participou do lançamento da 17ª Semana de Vacinação nas Américas (SVA) e da inauguração de uma ala do novo Pronto-Socorro.

“Me incomoda ver o hospital fechar. Principalmente o Santa Casa pela história. Peço que a população fique tranquila, vamos enfrentar seja como for”, relatou.

Fechamento

A Santa Casa completa nesta quinta-feira (11) um mês de paralização das atividades. A administração do hospital anunciou o fechamento por causa da falta de repasses da prefeitura no valor de R$ 3,2 milhões. O recurso seria para ajudar a pagar salários dos funcionários que estão há 5 meses sem receber.

Outro problema que acarretou no fechamento do hospital foi relativo a uma dívida superior a R$ 118 milhões, referentes à folha, fornecedores, ações trabalhistas e outros.

Prefeitura veta repasses

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) alegou que a Prefeitura de Cuiabá não assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para que fosse possível a Santa Casa receber o valor de $ 3,5 milhões da Assembleia Legislativa e outros R$ 3,5 milhões da prefeitura, totalizando R$ 7 milhões, porque o Ministério Público Estadual (MPE) se recusou a firmar o acordo com a atual gestão do hospital. Segundo o prefeito, o MP pediu a troca de toda diretoria da Santa Casa para liberar o recurso.

A prefeitura alegou que a instituição deve o montante  no valor de R$ 24.866.260 milhões, referentes a cirurgias eletivas não executadas, exames de diagnósticos eletivos, leitos de retaguarda, emendas pagas sem pactuação e/ou sem contrato e para o setor de oncologia. 

Os R$ 3,6 milhões, conforme a prefeitura,  seriam destinados a uma antecipação de serviços que eram para ser prestados.
 
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